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Incentivo pode atrair os melhores

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Por Renata Cafardo
Atualização:

Para o professor e especialista em avaliação da Universidade Federal de Juiz de Fora, Tufi Machado Soares, uma solução para diminuir o número de faltas em regiões mais precárias da cidade seria dar incentivos para que os melhores professores trabalhem nesses locais. É o que foi feito na rede pública de Nova York, por exemplo. "Mas o que ocorre aqui é o contrário, os melhores professores vão para as escolas melhores e os menos experientes, para as mais vulneráveis", diz. No processo de escolha de escolas para trabalhar, profissionais com mais tempo de serviço e títulos têm preferência e escolhem escolas mais bem localizadas. O governo paulista paga adicional de vulnerabilidade para os que trabalham em áreas de risco. Soares tem estudo sobre a rede estadual de Minas que mostra resultado parecido da relação entre faltas de docentes e desempenho. Segundo o estudo, mesmo descontando variáveis como condição socioeconômica e defasagem escolar dos alunos, as faltas influenciam no resultado. Outras pesquisas tiveram conclusão semelhante. O ?Estado? foi o primeiro a noticiar, em abril de 2007, o custo das faltas sem limite dos servidores da educação em São Paulo, que, à época, chegava a R$ 166 milhões/ano.

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