Há quase uma década, o caso da pílula de farinha

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Por Redação
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Em 1998, o laboratório farmacêutico Schering do Brasil virou notícia ao vir a público a informação de que mulheres haviam engravidado enquanto tomavam o anticoncepcional Microvlar. Lotes lançados pela empresa no mercado entre janeiro e abril de 1998 eram, na realidade, pílulas de farinha. A Schering foi condenada, em 2004, a pagar indenização de R$ 1 milhão, por danos morais, a mulheres que engravidaram. Além disso, tribunais de vários Estados condenaram a empresa pelas gestações inesperadas. O problema ocorreu porque o laboratório estava testando uma nova máquina de embalagem. Os comprimidos sem princípio ativo usados nesse teste deveriam ter sido incinerados logo em seguida, mas foram desviados. As pílulas-teste acabaram nas farmácias. O caso provocou grande polêmica na época. O número exato de vítimas permanece indeterminado. Em julho de 1998, 20 mulheres foram apontadas como vítimas. Muitos casos ainda não tiveram julgamento final. Segundo advogados, as mulheres que ficam grávidas têm direito a ter todos os gastos do pré-natal pagos pela empresa farmacêutica. Depois disso, devem pagar uma pensão até que o filho complete 18 anos ou termine os estudos universitários.

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