Guitarrista dos Mutantes critica Zélia Duncan

Em comunicado, Sérgio Dias diz que grupo é maior que seus integrantes

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Por Lauro Lisboa Garcia
Atualização:

Zélia Duncan, como Mutante, foi uma decepção. Quem afirma é o guitarrista Sérgio Dias, que enviou comunicado à imprensa ontem justificando aos fãs por que os Mutantes silenciaram no ano passado, depois de concorridos shows em Londres, Los Angeles, Nova York, Milão e São Paulo, com a participação da cantora. O guitarrista também se desentendeu com o irmão Arnaldo Baptista, que, como Zélia, já não faz mais parte do grupo. ''Fiquei e estarei de luto por Arnaldo e com Zélia creio que me apressei ao julgá-la uma Mutante... Ela parecia tanto sê-lo, mas descobri que em vez de Mutante ela é uma Transformer'', diz a declaração. ''Ela serviu para provar que Mutantes é maior do que qualquer um de seus membros individuais'', prossegue. Dias diz que a lendária banda que formou com Rita Lee e Arnaldo nos anos 60 - um dos pilares do movimento tropicalista - prossegue com ele e o baterista Dinho, além dos músicos agregados para dar suporte à nova formação de 2006. ''Eles são os Mutantes de hoje'', diz Dias. O principal motivo da discórdia com a Zélia e Arnaldo é que, segundo Dias, os dois não se dispuseram a compor novas canções, como ele previa. ''Tentei desde o começo junto a meu irmão e a Zélia formar um núcleo de criação, mas foi infrutífero.'' O reencontro com Tom Zé, outro parceiro tropicalista já rendeu uma canção, Mutantes Depois, gravada com participação do cantor inglês Devendra Banhart. ''Sim, estamos muito vivos e viemos para ficar.''

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