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Férias esvaziam greve na USP

Ato que aconteceria na Assembleia Legislativa atraiu 20 pessoas; no câmpus, 200 protestam contra paralisação

Por Simone Iwasso
Atualização:

A greve na Universidade de São Paulo (USP) caminha para um esvaziamento. Ontem, dia em que havia protestos e atos marcados pelos sindicatos de professores e funcionários e também pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE), a maior movimentação ocorreu por volta das 12h30, quando um grupo de aproximadamente 200 estudantes caminhou da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) até a Escola Politécnica levando cartazes contra a greve. Não houve tumulto.   Saiba mais sobre a paralisação O ato programado em frente à Assembleia Legislativa pelo Fórum das Seis, entidade que reúne representantes de funcionários, professores e alunos da USP, Unesp e Unicamp, acabou se transformando apenas em visita de alguns funcionários a deputados. Somente um ônibus foi deslocado até o local para levar cerca de 20 pessoas. Além disso, nos últimos dias, os corredores das unidades da instituição têm ficado mais vazios, resultado do fim do semestre e do início das férias em várias faculdades, como a de Direito, por exemplo. Não foram feitos novos piquetes com fechamento de entradas de prédios, e a Polícia Militar também não retornou ao câmpus, em cumprimento a um acordo feito entre os manifestantes e a reitoria. NEGOCIAÇÕES CONTINUAM As negociações, no entanto, devem continuar na próxima semana. Para segunda-feira está programada nova rodada entre sindicatos e o conselho de reitores. Haverá uma nova reunião para discutir as pautas específicas dos funcionários com a reitora Suely Vilela - já foram duas reuniões com avanços nas propostas, segundo o sindicato. Para hoje, está programado um show do músico Tom Zé no velódromo do CEPEUSP, previsto para começar a partir das 18 horas. A greve de funcionários por reajuste salarial começou no dia 5 do mês passado e ganhou maior destaque e adesões após o confronto entre PM e estudantes e funcionários dentro do câmpus no dia 9 deste mês. CRONOLOGIA 5 de maio: funcionários decretam greve 25 de maio: alunos invadem a reitoria após desentendimento com reitores 1.º de junho: policiais liberam a entrada do edifícios, bloqueadas pelos grevistas. Funcionários retomam o bloqueio e reitoria chama a PM novamente 5 de junho: professores aderem à greve 9 de junho: grevistas fecham o portão 1 da USP. Estudantes entram em confronto com a Polícia Militar 18 de junho: grevistas fazem passeata da Avenida Paulista até o Largo São Francisco 19 de junho: alunos contrários à greve fazem duas manifestações no câmpus, uma em frente ao prédio do Sintusp, à tarde, e outra na Praça do Relógio, à noite; há discussão com grevistas em ambas

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