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FDA alerta sobre risco de drogas para emagrecer

Agência americana que regula medicamentos vai divulgar uma lista de marcas a serem evitadas por conter substâncias perigosas à saúde

Por NYT e NOVA YORK
Atualização:

Grady Jackson, que joga no Atlanta Falcons, declarou que que ingere pílulas para emagrecer. Kathie Lee Gifford, em entrevista no programa "Today", disse estar muito entusiasmada com essas cápsulas, que são vendidas por farmácias como a GNC e a Vitamin Shoppe sem receita médica. Porém, de acordo com a Food and Drug Administration (FDA, agência reguladora de alimentos e medicamentos na sigla em inglês), essas pílulas,como a StarCaps, promovidas como suplementos dietéticos naturais à base de papaia, podem ser perigosas para a saúde. Transgredindo a lei, essas cápsulas contêm um princípio ativo potente, o bumetanida, que pode produzir graves efeitos colaterais. Mas a StarCaps não é a única culpada. Numa investigação que levou a FDA a advertir o consumidor e ao recolhimento do produto por algumas distribuidoras, a agência verificou que dezenas de suplementos, muitos importados da China, têm princípios ativos potencialmente prejudiciais. Nas próximas semanas, deve ser divulgada uma lista de marcas que devem ser evitadas, afirmou um porta-voz da agência . Além da StarCaps, que é fabricada no Peru e que a distribuidora americana Balanced Health Products retirou do mercado, a lista da FDA inclui pílulas menos conhecidas, vendidas com o nome de Sliminate, Superslim e Slim Up. Foram citados pela agência 69 suplementos dietéticos com problemas. RESPONSABILIDADE Mesmo identificando os produtos contaminados, a FDA não pode tirar os produtos das lojas, pois isso cabe inicialmente aos fabricantes. Contudo, se continuarem no mercado, a agência pode confiscar os produtos contaminados e mover uma ação criminal contra as empresas. Desde segunda, as distribuidoras americanas de três das marcas indicadas pela FDA, incluindo a StarCaps, recolheram produtos das lojas. Algumas marcas, no entanto, ainda podem ser encontradas à venda em websites especializados nesse tipo de comércio Dos quase US$ 24 bilhões gastos em suplementos dietéticos nos Estados Unidos, em 2007, US$ 1,7 bilhão foi aplicado em pílulas para emagrecer. O levantamento foi feito pela empresa de pesquisa de mercado Nutrition Business Journal. De acordo com uma pesquisa por telefone feita pelo Centro de Prevenção e Controle de Doenças com 9.500 pessoas, cerca de 15% da população adulta afirmaram ter usado suplementos para perder peso, e a maioria não informou seus médicos a respeito disso. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que os produtos não têm registro no Brasil.

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