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Estudantes da Ufba fazem greve de fome

Por Tiago Décimo e SALVADOR
Atualização:

Acampados na frente da reitoria da Universidade Federal da Bahia (Ufba), de frente para uma faixa preta onde se lê "Naomar inimigo do estudante" - referência ao reitor da instituição, Naomar Almeida -, seis estudantes começaram na noite de quarta-feira uma greve de fome. Eles protestam contra a violência supostamente usada pelos agentes da Polícia Federal na desocupação da reitoria, semana passada, e para cobrar que não haja punição para os envolvidos na invasão do prédio. Cerca de 40 estudantes ficaram 46 dias no imóvel. Os alunos Luamorena Leoni, de 22 anos, de Medicina, Maíra Guedes, de 20, de Teatro, Cândido Vinícius, de 21, e Hugo Santos Dantas, de 20, ambos de Ciências Sociais, Marcus Vinícius Moura Oliveira, de 23, de Filosofia, e Rafael Portela, de 23, de História, garantem que vão permanecer no local pelo menos até a reunião do Conselho Universitário (Consuni), que o Diretório Central dos Estudantes (DCE) marcou para hoje, com o apoio de 20 conselheiros. O coordenador-geral do DCE da Ufba, Gabriel Oliveira, afirma que medidas aprovadas pelo Consuni para melhorias na assistência estudantil há três anos ainda não saíram do papel e verbas aprovadas para reforma de residências estudantis não foram aplicadas. "Os estudantes não podem decidir data e horário de uma reunião do conselho", rebateu o vice-reitor Francisco Mesquita. Ele garante que a reitoria está aberta a negociar os pontos defendidos pelos manifestantes. "Mas ainda não chegou nenhuma proposta para avaliação."

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