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Estados adotam sistema de remuneração dos docentes

Por Simone Iwasso
Atualização:

A idéia de pagar um bônus salarial aos professores que melhorarem o desempenho de seus alunos com base em metas preestabelecidas, criada na rede estadual de São Paulo neste ano, começa a ser adotada em outros Estados. Minas e Pernambuco já colocaram os seus em prática e Rio Grande do Sul, Tocantins e Distrito Federal trabalham numa proposta para ser implementada a partir de 2009. Todos incluíram o projeto em um conjunto de propostas de modernização de gestão. No projeto paulista, a base é o Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo (Idesp), lançado em maio e calculado com base nas notas dos alunos e dos índices de evasão e repetência. A escola que alcançar a meta recebe o bônus integral, ou seja, 20% dos 12 salários mensais, o que equivale a 2,4 salários. Quem atingir 50% da meta, recebe 50% do bônus. Quem atingir 25% recebe 25% do bônus, e assim por diante. A iniciativa gerou protestos dos professores e especialistas em educação, que acusam o governo de querer punir os profissionais pelos problemas da rede. "O bom profissional, que contribui mais para a melhoria da educação, precisa receber algo a mais", defende a secretária Maria Helena Guimarães de Castro. Em Pernambuco e Minas, os projetos de remuneração por desempenho também foram implementados por leis estaduais. "O objetivo é remunerar o esforço de cada equipe, em um pacto feito entre a secretaria e as escolas", diz o secretário da Educação de Pernambuco, Danilo Cabral. Em Minas, o primeiro bônus foi pago no mês passado. "É preciso encontrar uma maneira de estimular os professores a buscar aumentar seus rendimentos ao melhorar a educação em suas classes", diz a secretária da Educação do Rio Grande do Sul, Mariza Abreu.

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