Espera por atendimento chega a 2 h no Emílio Ribas

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Por Emilio Sant'Anna e Felipe Grandin
Atualização:

O aumento dos casos confirmados de gripe suína já é sentido no principal hospital de referência para o tratamento e diagnóstico da doença em São Paulo. A espera por atendimento no pronto-socorro do Instituto de Infectologia Emílio Ribas chegou a levar mais de duas horas durante todo o dia de ontem. No início da noite, na porta do hospital, cerca de 50 pacientes - muitos com máscaras cirúrgicas - aguardavam para ser atendidos. O movimento cresceu nos últimos dias. "Em relação à semana passada, posso dizer que aumentou mais de 300%", afirmou um médico ao Estado. O perfil dos que procuram o hospital mudou. São pessoas que viajaram para o exterior - principalmente para a Argentina - ou que tiveram contato direto com pessoas contaminadas. "Normalmente não procurariam o Emílio Ribas", diz o médico. Michelle Massatelli, de 25 anos, grávida de 4 meses, e o marido, Ricardo Herrmann, de 28 anos, foram primeiro ao Hospital Nove de Julho. Os dois tinham febre, dor de cabeça e dores pelo corpo. Como Herrmann teve contato com um paciente confirmado, os dois foram encaminhados ao Emílio Ribas, de onde dizem ter saído insatisfeitos. "A médica colheu a secreção da minha garganta sem luvas e nos disseram para ir para casa e que nos ligavam se tiver qualquer problema", diz Michelle. "Não nos falaram nem quando ou se vão mesmo avisar." A Secretaria Estadual da Saúde afirmou que houve aumento de demanda no hospital, mas que ninguém deixará de ser atendido. São Paulo tem 142 casos confirmados. A região centro-oeste tem a maior concentração proporcional: 3,42 infectados por 100 mil habitantes.

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