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Escola em SP antecipa férias após 2 casos de gripe suína entre alunos

Medida adotada em colégio particular foi preventiva; segundo o ministério, confirmações no País chegam a 131

Por Luisa Alcalde , Emilio Sant'Anna e Clarissa Thomé
Atualização:

As confirmações, com intervalo de menos de dez dias, de que dois de seus alunos estão contaminados pela gripe suína fez com que o colégio particular Pueri Domus, na Chácara Santo Antônio, zona sul de São Paulo, antecipasse em uma semana as férias escolares que deveriam começar no dia 26. A unidade tem 1.200 alunos e a festa junina, que seria realizada hoje, também foi cancelada. Mercosul terá rede para monitorar a doença O último caso foi confirmado ontem à tarde. Os dois alunos, do sexo masculino, de 11 e 12 anos, estudam na 6ª e 7ª séries do ensino fundamental. Eles são do mesmo período, mas não têm contato. Ambos contraíram o vírus fora do País. O garoto de 11 anos viajou no feriado de Corpus Christi para Buenos Aires, na Argentina. Retornou no dia 14 e na quarta começou a apresentar os sintomas da gripe, como coriza e febre alta. A mãe do menino, a administradora de empresas Tatiane, de 39 anos, disse ontem que o garoto está bem e vem sendo medicado com antivirais. Assim que soube da suspeita, a família achou melhor que a irmã do adolescente, 1 ano mais velha e também aluna da escola, deixasse de frequentar as aulas. Ambos estão em isolamento domiciliar. "Resolvi que ela não iria para não expor os demais a uma possível contaminação", disse a mãe do garoto. A Argentina registrou ontem a sétima morte por gripe suína. CASOS Ontem, o Ministério da Saúde confirmou mais 17 casos de gripe suína no País. Com isso, chega a 131 o total de infectados no Brasil desde o surgimento da doença - mais do que o dobro registrado há uma semana, quando eram 58 casos. Dos novos pacientes, 14 são de São Paulo, 2 de Goiás e 1 do Rio Grande do Norte - o primeiro do Estado. Três deles foram contaminados no País, elevando para 23 o total de notificações desse tipo. Em entrevista ao Estado, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou que não há evidências de sustentabilidade desse tipo de contágio. "Neste momento, não há circulação interna do vírus A(H1N1)", disse. "É um cenário possível (a circulação do vírus), mas pode ser evitado", completou (mais informações nesta página). Dois dos 166 pacientes que seguem em acompanhamento, ainda sem confirmação da doença, são o secretário estadual da Saúde e Defesa Civil do Rio, Sérgio Côrtes, e sua mulher. Desde quinta-feira, eles estão em isolamento. Côrtes voltou dos EUA na terça-feira. Dois dias depois, após um encontro com o secretário municipal da Saúde, Hans Dohmann, e outros médicos, começou a sentir febre, tosse e dor no corpo. O resultado do exame de Côrtes não havia sido divulgado até a noite de ontem. Nota divulgada pela assessoria de Imprensa da pasta informou que "estão sendo realizadas busca ativa e monitoramento das pessoas que estabeleceram contato próximo com o secretário." Já Dohmann não está sendo monitorado porque o contato dele com Côrtes foi superficial. Ontem de manhã, Temporão telefonou para Côrtes e soube que ele está bem.

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