Em São Paulo, pacientes de UTI ficam na emergência

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Por Debora Borges
Atualização:

Pelo menos duas pacientes, de 69 e 75 anos, que deveriam estar na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Municipal do Campo Limpo, na zona sul de São Paulo, recebiam tratamento ontem na ala de emergência. Maria de Lourdes Martins Santos, do Conselho Municipal de Saúde, fez uma visita-surpresa à unidade. Também integrante do conselho gestor do hospital, ela conversou com médicos plantonistas sobre a situação e confirmou a irregularidade de internação das pacientes na emergência. No local, ambas pacientes estavam em situação constrangedora. "Uma estava com o peito de fora esperando para fazer uma traqueostomia", descreveu a conselheira. O procedimento seria realizado na própria ala da emergência. Apenas uma cortina separava a paciente dos demais. Três médicos, cujos nomes não foram divulgados, teriam pedido demissão da unidade neste mês. Um quarto saiu de férias. Diretor do hospital, Luiz Silvio Bonini acompanhou a visita. Ele admitiu a falta de profissionais e justificou a permanência das pacientes da UTI no setor de emergência. Segundo ele, os 20 leitos intensivos estariam ocupados.

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