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‘Elefante mais solitário do mundo’ é liberado para ir a novo lar

Kavaan deve começar sua nova vida em um santuário de elefantes no Camboja depois de 35 anos em um cativeiro inadequado

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Por Redação
Atualização:
O elefante Kaavan em seu cativeiro no Zoológico Marghazar em Islamabad. Foto: REUTERS/Saiyna Bashir

O 'elefante mais solitário do mundo' vai iniciar uma nova vida em um novo lar. Na última sexta-feira, 4, o animal, de nome Kaavan, foi examinado por veterinários da organização de bem-estar animal Four Paws International, que o liberaram para viajar.

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"Após as verificações, que confirmaram que Kaavan é forte o suficiente, medidas serão tomadas para finalizar sua realocação", disse a organização em comunicado divulgado neste sábado, 5.

Por 35 anos, Kaavan suportou a vida em um zoológico degradado em Islamabad, capital do Paquistão. Com o passar dos anos, ele ficou acima do peso e ganhou fama como 'o elefante mais solitário do mundo', título concedido a ele por grupos de direitos dos animais e celebridades — incluindo a cantora Cher —, que fizeram campanha contra seu cativeiro inadequado. Ele deve ir agora a um santuário de elefantes localizado no Camboja.

"A falta de enriquecimento físico e comportamental, bem como a ausência de um parceiro, fizeram com que Kaavan ficasse incrivelmente entediado", disse Frank Göritz, veterinário-chefe do Instituto Leibniz para Pesquisa em Zoológicos e Animais Selvagens em Berlim, em um comunicado.

"Ele desenvolveu um comportamento estereotipado em que balança a cabeça e o tronco de um lado para o outro por horas", relata Göritz. Apesar de estar acima do peso, o elefante está desnutrido e sofre de uma série de problemas físicos e psicológicos. Ele tem as unhas e os pés danificados por anos caminhando em pisos inadequados.

De acordo com a Four Paws, Kaavan chegou ao Paquistão como um presente do Sri Lanka, em 1985. Ele e sua parceira, Saheli, viveram juntos no Zoológico Marghazar de 1990 até a morte dela em 2012.

Em maio, a Suprema Corte do Paquistão decidiu que o Zoológico Marghazar deve fechar por sua negligência sistemática e por oferecer condições inseguras para os animais.

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"Infelizmente, o resgate chega tarde demais para dois leões que morreram durante uma tentativa de transferência no final de julho, depois que os tratadores de animais locais atearam fogo em seu recinto para forçá-los a entrar nas caixas de transporte", disse a Four Paws em seu comunicado./WP

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