Copenhague pede acordo climático ''ambicioso''

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Por Efe e COPENHAGUE
Atualização:

A Cúpula Empresarial Mundial sobre Mudança Climática terminou ontem, em Copenhague, com um pedido de que o próximo acordo global sobre o clima inclua objetivos concretos para reduzir as emissões de gases-estufa e aumentar os incentivos econômicos a novas tecnologias verdes. A declaração, definida por 500 líderes empresariais de 47 países, reivindica que o acordo a ser negociado em dezembro na capital dinamarquesa estabeleça um caminho de estabilização, com objetivos de reduções para 2020 e 2050 baseados em dados científicos. O acordo, que substituirá o Protocolo de Kyoto a partir de 2012, deve ser "ambicioso e efetivo" para que padrões previsíveis sejam criados e que as companhias possam investir em um crescimento econômico sustentável. A ação urgente contra as mudanças climáticas e a recuperação da crise financeira são complementares, ressalta o documento, que respalda as conclusões do último relatório divulgado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU. A declaração ressalta a necessidade de medir e verificar efetivamente as emissões de gases-estufa, o que será a base para sua redução e um elemento confiável para investidores e cidadãos. Um mercado internacional de bônus de carbono permitiria o corte de custos e daria estabilidade aos preços, o que facilitaria o desenvolvimento de tecnologias para aumentar as reduções. A declaração diz que o novo tratado deve incluir medidas que sejam "incentivos claros, previsíveis e a longo prazo para estimular o investimento privado e possibilitar a difusão de capital e tecnologia". O texto reconhece a importância de adaptação aos efeitos das mudanças climáticas, que exigirá planejamento global a longo prazo, com diferentes níveis de ações locais, nacionais e internacionais. O documento também pede proteção a áreas de florestas.

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