PUBLICIDADE

Clínica corta alimentação de italiana em coma desde 92

Por EFE
Atualização:

Após uma diminuição gradual, ontem os médicos decidiram adiantar o processo e suspenderam totalmente a alimentação artificial da italiana Eluana Englaro, de 38 anos, em estado vegetativo desde 1992. A informação é do canal de televisão Sky TG24. Segundo a emissora, a equipe de médicos voluntários que acompanha a paciente na clínica Quiete, em Udine, cortou os alimentos que eram injetados por uma sonda. A partir de agora, os médicos administrarão apenas sedativos à paciente, enquanto se espera sua morte por desidratação - o que pode levar de um ou dois dias a até duas semanas, segundo médicos. A suspensão total foi adiantada devido a um projeto de lei apresentado no Congresso italiano para deter a morte de Eluana. O texto será apresentado na segunda ao Parlamento e se espera que seja aprovado no tempo recorde de dois ou três dias. A opção pelo projeto de lei surgiu após o presidente da Itália, Giorgio Napolitano, afirmar que não assinaria um decreto do primeiro-ministro Silvio Berlusconi para impedir a morte da paciente. O pai de Eluana, Giuseppe Englaro, afirmou que seguirá com o processo. O tribunal de apelação de Milão autorizou a família a retirar a alimentação artificial que mantém a filha viva. A decisão foi também confirmada pelo Supremo. Em seu pronunciamento para o Dia Mundial do Doente, o papa Bento XVI citou o caso de Eluana, pedindo que se defenda com "com vigor a absoluta e suprema dignidade de qualquer vida humana".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.