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Casos de câncer vão dobrar em 40 anos

Principal preocupação é a obesidade, segundo relatório internacional

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Por Redação
Atualização:

O número de novos casos de câncer no mundo pode aumentar dos atuais 10 milhões por ano para 16 milhões até 2020 por causa da epidemia da obesidade. A previsão para os próximos 40 anos é de que a doença atinja o dobro de pessoas afetadas hoje. O alerta faz parte do relatório do Fundo Mundial de Pesquisas sobre Câncer (WCRF, na sigla em inglês), coordenado pelo professor de epidemiologia e saúde pública na Universidade College de Londres, Michael Marmot. Partes do documento, que será divulgado na quinta-feira, foram adiantadas na edição de ontem do jornal inglês The Observer. A obesidade, principalmente em países desenvolvidos, é uma das maiores preocupações. "Os países devem abordar o câncer com a mesma urgência que têm tomado medidas contra o aquecimento global. Uma grande parte de novos casos pode ser prevenida ou adiada. É urgente fazer algo agora", disse Marmot. Por volta de 7 milhões de pessoas no mundo morrem a cada ano de câncer. Esse número deve aumentar para 10 milhões até 2020, segundo o WCRF. Na quinta-feira, a entidade divulgará um relatório de ações para a prevenção do câncer, cujas recomendações foram feitas por Marmot e outros 23 pesquisadores de todo o mundo. O foco será o combate à obesidade e ao ganho de peso da população. O tabagismo está em segundo plano porque os estudos sobre os riscos do cigarro já foram estabelecidos pela ciência. "Há uma preocupação grande na Inglaterra, mas também no Egito, no México, no Brasil, países de renda média. No Egito, dois terços das mulheres estão acima do peso ou obesas. O México tem níveis de obesidade em crianças da classe média assustadores", afirmou Marmot ao jornal inglês. O relatório do WCRF pede a todas as pessoas que tomem medidas contra a obesidade. Cada indivíduo deve se responsabilizar sobre si próprio e seus filhos para manter uma alimentação saudável. Além disso, governos, empresas multinacionais, escritórios de trabalho, escolas, a mídia e profissionais da saúde precisam fazer sua parte. A criação de ciclovias, academias e piscinas são formas de encorajar as pessoas a se exercitarem.

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