Caso da ''''pílula da farinha'''' aguarda análise do STJ

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Por Felipe Recondo
Atualização:

Um recurso especial ajuizado pelo laboratório Schering do Brasil, que fabrica o Microvlar, continua em julgamento no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em 1998, o laboratório farmacêutico foi condenado a pagar indenização de R$ 1 milhão, por danos morais, a mulheres que engravidaram enquanto tomavam o anticoncepcional Microvlar no escândalo que ficou conhecido como o da "pílula de farinha". A empresa quer que o valor da indenização seja revisto. Os lotes lançados pela Schering no mercado entre janeiro e abril de 1998 eram, na realidade, pílulas de farinha. Isso porque o laboratório estava testando uma nova máquina de embalagem. Os comprimidos sem princípio ativo foram usados nesse teste e deveriam ter sido incinerados logo em seguida. Mas houve um desvio do material e as pílulas-teste acabaram nas farmácias. Em 1998, Márcia (nome fictício), foi uma das mulheres vítimas da pílula de farinha da Schering. "Eu já tinha 40 anos e dois filhos. Não queria engravidar outra vez. Não tínhamos condições financeiras para isso. Foi um sufoco", contou. À época, ela e outras vítimas ganharam um indenização de R$ 8 mil da Schering. "Foi para cobrir os custos do parto e enxoval." Ela continua brigando na justiça por indenização maior.

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