Cartilha instrui sobre intolerância religiosa

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Por Pedro Dantas
Atualização:

O Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa foi marcado no Rio pelo lançamento do Guia de Luta Contra a Intolerância Religiosa e o Racismo. Em 57 páginas, o livro explica o que é crime de intolerância, exemplifica, mostra a legislação e aponta caminhos que a vítima pode escolher para dar queixa à polícia ou processar o agressor. O lançamento foi simultâneo no Rio e em Brasília. Entidades civis de São Paulo, Rio Grande do Sul, Bahia e Piauí pretendem lançá-lo. O diretor da Coordenadoria de Informações e Inteligência Policiais (Cinpol), delegado Henrique Pessoa, disse que os delegados vão passar por cursos para tornar a polícia do Rio "referência no trato dos crimes de intolerância religiosa". Ele reconheceu que muitas vezes o crime é registrado como injúria ou dano por falta de conhecimento sobre a Lei 7.716/89, que transformou a discriminação religiosa em crime cuja pena chega a três anos de prisão, além de multa. Antes do lançamento, representantes de diversas religiões homenagearam os mortos no desabamento do teto da Igreja Renascer. Nem a Renascer, nem a Igreja Universal enviaram representantes ao Fórum de Diálogo Inter-Religioso. O ministro interino da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Elói Ferreira de Araújo, afirmou que os cultos afro-brasileiros são os principais alvos de intolerância religiosa. "Não basta a sanção penal. É necessária a construção coletiva de um novo valor", afirmou Araújo.

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