Camundongo com gene alterado tem esquizofrenia

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Por EFE
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Washington - Um grupo de pesquisadores alterou geneticamente camundongos para que desenvolvessem esquizofrenia. O objetivo é compreender melhor a doença, que afeta quase 1% da população mundial. A equipe coordenada por Akira Sawa, diretor do programa de psiquiatria molecular da Faculdade de Medicina da Universidade John Hopkins, partiu da descoberta feita há poucos anos de que alterações de um gene chamado DISC-1 aumentam substancialmente o risco de se desenvolver o transtorno. Em estudos anteriores foram administradas drogas para simular as manifestações da doença, como alucinações. Desta vez, os ratos sofreram mutação genética. O gene DISC-1 fabrica uma proteína que ajuda as células nervosas a assumirem as posições corretas no cérebro. Os camundongos modificados têm uma forma incompleta da proteína, além da versão normal. A forma "curta" adere à normal e perturba seu funcionamento. Os camundongos mostraram-se mais agitados que os animais normais e tiveram dificuldade para encontrar alimentos escondidos, por exemplo, problemas relacionados à hiperatividade, aos problemas de olfato e à apatia que se observam em humanos esquizofrênicos. Exames de ressonância magnética revelaram defeitos característicos de estrutura cerebral ligados à doença, mas atenuados - sinal, explica Sawa, de que é preciso mais de um gene para desencadear a enfermidade. O estudo foi publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

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