Brasil entra na maior rede de doadores

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Por Karina Toledo
Atualização:

O Sistema Nacional de Transplantes brasileiro vai integrar a maior rede de registros de doadores de medula óssea do mundo - a americana National Marrow Donor Program (NMDP). As negociações começaram no início de 2008, mas só agora a qualidade dos registros e do sistema de busca, coleta e armazenamento de medula brasileiro foi reconhecida. A portaria do Ministério da Saúde que autoriza pacientes estrangeiros a utilizar o banco nacional deve ser publicada hoje no Diário Oficial. "É um grande avanço. Representa o reconhecimento internacional da qualidade do sistema brasileiro", diz Alberto Beltrame, secretário de Atenção à Saúde do ministério. "Isso abre as portas. Já estamos em negociação com os alemães." A medida amplia as possibilidades de busca por doadores feita pelo Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) e reduz os gastos com a busca internacional - que corresponde a 45% das buscas para pacientes brasileiros. Desde 2001, o SUS financia a identificação internacional de doadores, que custa cerca de R$ 50 mil. Com a abertura do banco brasileiro, o recurso arrecadado com o envio de células-tronco de brasileiros para outros países será investido no custeio da busca internacional. O NMDP é o maior banco de doadores voluntários. Além dos 7 milhões de americanos cadastrados, há 3 milhões de pessoas de outros países. O brasileiro tem mais de 800 mil. Até o fim do ano, o ministério espera atingir 1,5 milhão. Para isso, serão investidos R$ 7 milhões.

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