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Brasil é visto como radical no debate sobre tema

Por Jamil Chade
Atualização:

O Brasil perdeu, no último dia 13, a eleição para o comando da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), entidade máxima de patentes no mundo. Com o apoio dos Estados Unidos, o australiano Francis Gurry derrotou o brasileiro José Graça Aranha por 42 votos a 41. A disputa deixou claro o racha existente na comunidade internacional em relação ao futuro da propriedade intelectual. De um lado, o Brasil liderava um grupo de países emergentes, que quer uma revisão das patentes e suas funções, principalmente no setor farmacêutico. De outro, os EUA lideravam os países desenvolvidos, que desejam endurecer ainda mais a proteção das patentes. Com um orçamento de mais de R$ 1,2 bilhão por ano, a organização era considerada pela diplomacia brasileira estratégica no debate sobre bens públicos e acesso a medicamentos, no qual o País tem assumido uma posição de destaque. Mas o Brasil é visto pela diplomacia americana como radical no debate sobre patentes - principalmente depois de quebrar a licença de medicamento anti-retroviral (para paciente com aids) - e a idéia de um brasileiro na organização não era totalmente aprovada por Washington.

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