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Boa hora de sair das fraldas

O calor da temporada pode ajudar a criança a fazer a transição para o peniquinho

Por Agencia Estado
Atualização:

De sunga na praia, ou de biquíni na piscina, os bebês crescidinhos, na faixa de dois anos de idade, começam a sentir o gostinho de viver sem fraldas. No verão, os pequenos também ficam mais incomodados com o ?penico descartável? por causa do suor e do calor. Combinados, esses fatores podem ajudar os pais a iniciar a transição para o troninho. ?Costuma ser uma época mais fácil de tirar a fralda, tanto em casa como na escolinha?, confirma Renata Waksman, pediatra do Hospital Albert Einstein. A médica, no entanto, alerta que mais importante do que a estação do ano, o fundamental é observar o desenvolvimento da criança. ?O momento de deixar a fralda é individual. Em média, por volta dos 2 anos de vida a criança vai estar apta para controlar tanto o ato de fazer xixi, quanto o de fazer cocô?, explica a médica. A retirada deve ser feita em casa e na escola. ?É um processo natural de desenvolvimento. Assim como eles aprendem a dar os primeiros passos, a falar, os pequenos dão sinais de que está na hora de iniciar a transição?, avalia Fabiane Boyadjian Guimarães, coordenadora pedagógica do Berçário e Escola Balou. As especialistas alertam que colocar fralda na criança para chegar até a escola com medo de um acidente de percurso no carro só confunde a cabecinha dela. O mesmo vale para finais de semana. A transição para o ?trono? é um processo, em que não cabe a preguiça ou comodidade dos pais. ?Muitas vezes a gente percebe que a criança volta na segunda-feira e temos de começar tudo de novo na escola?, constata Fabiane. A partir do momento em que começa a retirada, o ideal é levar a criança ao banheiro antes de sair de casa, forrar a cadeirinha com plástico se for preciso, e levar na bolsa sempre uma troca ou mais de roupa. ?O importante é reagir naturalmente, sem grito, sem estresse, no caso de alguma escapada. Caso contrário, ela vai se assustar, ficar com medo e isso gera traumas?, alerta Renata. Os pais precisam estar preparados para participar ativamente do processo, já que tentativas e erros serão inevitáveis. ?É um treinamento mesmo, a pessoa envolvida tem de estar disposta a ajudar a criança. Se ela estiver pronta mesmo, a retirada é rapidinha, ocorre muito mais facilmente do que se a criança for forçada?, relata Fabiane. Para que tudo dê certo, é fundamental que os pais controlem a ansiedade.

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