Bloqueio ao volante

O livro Sem Medo de Dirigir será lançado às 19 horas do dia 2, na livraria Cultura do Shopping Villa-Lobos

PUBLICIDADE

Por Fabiana Caso
Atualização:

Há pessoas que têm pavor de dirigir. Muitas até podem comprar um carro, mas não conseguem vencer os próprios bloqueios. Pensando nelas, a consultora em qualidade de vida e professora de ioga Regina Pastore escreveu o livro Sem Medo de Dirigir (Editora Alaúde), à venda nas livrarias e pelo site www.alaude.com.br. Formada em Psicologia e Filosofia, Regina entrevistou muitas mulheres que se enquadram nessa categoria, além de instrutores de auto-escola. Conta que o medo de dirigir é mais comum entre mulheres com mais de 30 anos. "Geralmente, são pessoas perfeccionistas e com uma autocrítica muito forte", comenta. "Quando a pessoa é mais descontraída e aberta, leva com bom humor os erros cometidos quando está aprendendo." Casada e mãe de um filho de 7 anos, Regina foi motivada por sua própria experiência. Foi só depois de virar mãe que quis tirar carteira de motorista. Embora houvesse a necessidade, resistiu por um bom tempo. "Percebi que era um bloqueio psicológico, ajudada pela terapia", conta. "No meu caso, tinha a ver com o medo da vida, eu precisava me abrir mais. Quando resolvi isso, aprendi a dirigir numa boa. Não é uma questão de coordenação motora, mas do interior de cada um." Segundo acredita, os motivos para o medo são variados: pode ser decorrente de um trauma de acidente sofrido; um pai, namorado ou instrutor pouco paciente, que tenha sido ríspido durante as aulas de direção; falta de autoconfiança ou mesmo uma situação difícil da infância que não tenha sido elaborada apropriadamente. "Sempre há um aspecto emocional envolvido." Para resolver a questão, sugere que a pessoa procure uma terapia comportamental ou psicanalítica. "As aulas de ioga ajudam a aliviar a ansiedade." Além disso, fornece dicas práticas para facilitar a aproximação com o veículo. Outra recomendação é procurar um bom instrutor ou amigo, que tenha muita paciência e com quem haja empatia. "Nas primeiras semanas, recomendo que a pessoa circule apenas no próprio bairro, em ruas calmas. Isso já traz uma sensação de vitória." Só quando há segurança suficiente é que indica um trajeto mais complicado. "Se o objetivo é ir ao trabalho dirigindo, por exemplo, o melhor é fazer esse trajeto aos domingos, várias vezes."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.