Aumenta nota de corte da Fuvest

Só 12 dos 108 cursos tiveram número de pontos menor do que em 2006; Medicina lidera com 74 pontos

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Por Renata Cafardo
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Quase todas as notas de corte da Fuvest subiram neste ano pelo menos um ponto. A nota é a quantidade mínima de acertos necessários para passar para a segunda fase do exame, que começa em 6 de janeiro. Ela é calculada com base na performance dos candidatos que fizeram a prova; por isso, notas mais altas indicam um melhor desempenho. Só 12 dos 108 cursos tiveram número de pontos menor do que em 2006. Veja todas as notas de corte A maior nota de corte, como tradicionalmente ocorre, foi a de Medicina, com 74 pontos. No ano passado, havia sido 71. O vestibular tem 90 questões, mas uma delas foi anulada pela Fuvest. Alguns dos maiores aumentos registrados foram nos cursos da Escola de Engenharia de Lorena, anexada à Universidade de São Paulo (USP) em 2006. A nota de corte da carreira de Engenharia de Materiais, por exemplo, subiu de 22 para 49 neste ano, 122% maior. "A prova deve ter ficado um pouco mais fácil, apesar de não ter havido nenhuma determinação nesse sentido", diz o diretor do vestibular da Fuvest, Roberto Costa. Ele lembra, porém, que as notas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) também aumentaram neste ano e isso influencia no desempenho da primeira fase da Fuvest. As médias no País todo subiram quase 15 pontos no exame feito pelo Ministério da Educação (MEC) aos concluintes do ensino médio. O Enem é incorporado ao vestibular e representa 20% da primeira fase da Fuvest. Portanto, podem ter ajudado a aumentar as médias dos alunos e, conseqüentemente, as notas de corte. Para a coordenadora do curso e colégio Objetivo, Vera Lúcia da Costa Antunes, a Fuvest deste ano foi especialmente mais fácil nas áreas de matemática, química e física. "As notas dos alunos da área de exatas foram umas das que mais subiram." A diferença com relação às notas de dois anos atrás são maiores ainda. No fim de 2005, a Fuvest mudou sua prova, diminuindo de 100 para 90 o número de questões e incluindo nove perguntas interdisciplinares. A intenção era a de tornar o exame mais próximo dos alunos de escolas públicas. Naquele ano, a nota de corte de Engenharia Aeronáutica, por exemplo, foi 66 (em 100 questões, ou seja, 66% de acertos). Agora, a nota está em 69, que, com um total de 89 questões, representa 77,5%. O mesmo se repete em todos os cursos que têm as mais altas notas de corte da Fuvest. LISTA DE APROVADOS Dos 134 mil estudantes que participaram da primeira fase no dia 25 de novembro, 37.334 passarão para a segunda etapa do exame. O número inclui os treineiros, alunos que ainda cursam o ensino médio e fazem a prova apenas como teste. A lista com os nomes dos convocados será divulgada na sexta-feira no site da Fuvest (www.fuvest.br). No mesmo dia, sairá a relação com os locais de prova da próxima fase, que não são necessariamente os mesmos da primeira. A Fuvest seleciona alunos neste ano para 10.302 vagas na USP, 100 na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa e 150 na Academia de Polícia Militar do Barro Branco. Na segunda fase, a concorrência que chegou a 41 candidatos por vaga cai para por volta de 3 em todos os cursos. As carreiras com as mais baixas notas de corte deste ano também terão concorrência menor. Música, em Ribeirão Preto, terá 1,33 candidato por vaga e foram necessários apenas 22 pontos para passar para a segunda fase. Alguns dos cursos com nota mais baixa estão na USP Leste. Os treineiros tiveram notas de corte acima de 50 pontos. O melhor desempenho na prova da primeira fase foi de um candidato ao curso de Medicina, que fez 88 pontos. A segunda fase vai de 6 a 10 de janeiro. A lista de aprovados na Fuvest sai em 7 de fevereiro.

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