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Atividade física diminui risco de morte

Problemas como hipertensão e obesidade podem ser combatidos

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Por Redação
Atualização:

O diretor da Unidade de Reabilitação Cardiovascular e Fisiologia do Exercício do Instituto do Coração (Incor-FMUSP), Carlos Eduardo Negrão, lista uma série de motivos para que pessoas substituam o sofá por parques, clubes e academias. Para começar: o sedentarismo é considerado um importante fator de risco para doenças cardiovasculares. Para completar: quem faz atividades físicas regularmente tem menos risco de morrer. "Não é uma simples impressão. Isso foi constatado em um estudo, que comparou grupos de pessoas ativas com sedentários", diz Negrão. Ao calçar um tênis e sair para a caminhada, as pessoas não só afastam um fator de risco, como também se protegem dos efeitos que outros problemas, como a hipertensão e a obesidade, podem provocar. Negrão afirma que a experiência no Incor tem demonstrado, por exemplo, que hipertensos que fazem exercícios de uma forma controlada geralmente têm uma redução do problema e, por vezes, até reduzem a medicação. "Mas feito de forma controlada, com médico acompanhando." Isso ocorre porque o exercício tem um efeito no nervo simpático, responsavel pela constrição dos vasos periféricos. "Ele fica menos atuante. Com isso, cai a resistência nos vasos, o sangue passa mais livremente, o coração não é tão exigido", explica. A secretária executiva Niedja Maria Freitas da Silva, de 51 anos, sabe do que Negrão está falando. Até 2005, seu histórico de atividade física se resumia às aulas da escola. Ela começou a trabalhar cedo, estudava, dava aulas, uma rotina que começava às 5h30 e terminava à 1 h. "Com esse ritmo, não tinha tempo para exercícios. Morava longe do trabalho, era tudo muito complicado." Dores provocadas por LER (lesão por esforço repetitivo) fizeram que ela mudasse o ritmo. Passou a fazer natação e hidroginástica, durante uma hora e meia por dia, cinco vezes por semana. "As dores acabaram. Minha pressão, que era alta, normalizou-se. E hoje sou calma, retomei o equilíbrio." Além disso, os 20 quilos que havia adquirido depois que seu irmão adoeceu também foram perdidos. "Quando a gente não tem o hábito desde pequena de fazer exercícios, é preciso que uma coisa aconteça com a gente ou com os outros para a gente despertar. Foi o que aconteceu comigo", conta. "Hoje, quando sinto uma leve ameaça de preguiça, nos fins de semana, lembro-me do estado que ficam as pessoas sedentárias. Não quero isso para mim. E, para prevenir, todos sabemos o caminho: é preciso se exercitar."

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