Alguns precisam de apenas 5 horas; outros, de até 11

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Por Redação
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Nem todos precisam de oito horas de sono para se sentir revigorados. Os pequenos dormidores, cerca de 2% das pessoas, carecem apenas de cinco a seis horas. E os grandes dormidores, outros 2%, de 10 a 11 horas. "O importante é que, ao acordar, você cante com os passarinhos de tão disposto", brinca Monica Andersen, professora de Medicina e Biologia do Sono da Unifesp. Se a quantidade de sono pode variar, a qualidade tem de ser garantida, porque uma série de processos neurológicos e hormonais acontece quando adormecemos. No primeiro estágio do sono, o hormônio do crescimento é liberado. "Por isso, mesmo com toda a resistência, os adolescentes deveriam dormir mais cedo", diz Monica. É também durante o sono que o corpo regula o cortisol, hormônio do stress. Perto da hora de dormir, ele deve estar o mais baixo possível, porque, naturalmente, seu nível vai se elevar conforme a manhã se aproxima. "Não à toa, quando temos um compromisso importante no dia seguinte, ficamos com o sono fragmentado. É o cortisol agindo." A pesquisadora explica que a ciência ainda não detectou o botão "liga e desliga" do corpo humano, "senão curaríamos a insônia". Mas alerta que, quando vai chegando a hora de deitar, a temperatura do nosso corpo cai e, reagindo à escuridão, a melatonina, hormônio indutor do sono, é produzida. "Isso numa sociedade que respeita o ciclo claro-escuro, o que a nossa não tem feito. A dica é jantar à luz de velas e assistir à TV na penumbra", sugere a professora.

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