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A trajetória da discórdia

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Por Redação
Atualização:

A conferência: De 13 a 31 de maio, é realizada a 5.ª Celam, em Aparecida. Durante 18 dias, 267 participantes debatem a Igreja no continente O documento: O Documento de Aparecida é votado e aprovado no dia 31 de maio, indicando, entre as prioridades da Igreja: justiça social, defesa da vida, da família e do casamento indissolúvel, acompanhamento dos migrantes e solidariedade com os indígenas e com os afro-americanos e opção preferencial pelos pobres. Questões como as CEBs e a Amazônia só entraram no documento depois de muito vaivém. A versão final foi ampliada de 8 para 11 capítulos Na surdina: Sem consultar os signatários, o cardeal chileno Francisco Javier Errázuriz adulterou mais de 200 trechos, os mais relevantes sobre as CEBs O aval do papa: No dia 11 de junho, o papa Bento XVI recebeu o texto modificado e, em menos de dois meses, autorizou sua publicação. Documentos similares levam, em média, mais de um ano para aprovação. No dia 16 de agosto, o Estado revelou as alterações, que provocaram revolta nos bispos. Alguns lutaram para que a versão aprovada pela maioria fosse mantida, mas, como o texto já estava assinado pelo papa, não havia mais como voltar atrás Mea culpa: Em agosto, o cardeal Errázuriz admite ter alterado o texto de Aparecida. A "desculpa" do Vaticano é que valeria a primeira votação da conferência, anterior ao texto aprovado pelos bispos. O cardeal Giovanni Battista Ré teria mandado uma carta confidencial aos bispos explicando a modificação

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