7% dos cursos do País são ruins

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Por Redação
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O número de instituições mal avaliadas que estão na mira do Ministério da Educação é bem maior do que o daquelas com notas ruins que hoje estão no Programa Universidade para Todos (ProUni). Chegam a 7% dos cursos de ensino superior do País já avaliados pelo Exame Nacional de Desempenho do Estudante (Enade). Trata-se de cerca de mil cursos que têm tanto notas ruins obtidas pelos alunos quanto conceito baixo em quanto agregaram de conhecimento a seus alunos, entre o ingresso na faculdade e a formatura. Entre 13,4 mil cursos superiores de todas as áreas avaliadas até hoje pelo Ministério da Educação no Enade, apenas 0,88% conseguiu obter o conceito máximo tanto na avaliação como no índice que mede o conhecimento agregado ao aluno durante o curso (IDD). São apenas 118 em todo o País, 19 deles oferecidos em São Paulo. Do outro lado, 33 cursos obtiveram os piores resultados: as notas mais baixas no Enade e ainda a constatação de não terem agregado praticamente nenhum conhecimento a seus estudantes. São os cursos com conceitos 1 e 1, que representam apenas 0,25% do total de cursos. Nove deles estão em São Paulo e representam 0,4% dos cursos do Estado. As diferenças entre as instituições acima da linha de qualidade e as que estão no fim da fila passam por problemas estruturais das escolas, dos professores, dos currículos e pelo perfil de seus alunos. Um estudo feito com base no questionário socioeconômico do Enade 2006, que o Estado divulgou em junho, mostra que as instituições com piores resultados recebem alunos mais pobres, de escolas públicas, com pior acesso à informação. E pouco conseguem fazer por eles.

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