300 escolas públicas devem receber laptops

Projeto Um Computador por Aluno, do Ministério da Educação, hoje restrito a cinco colégios-piloto, será ampliado no final deste ano

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Por Fabiana Cimieri
Atualização:

O governo quer implantar o uso de laptops em 300 escolas no final deste ano. Hoje, cinco escolas-piloto do programa Um Computador por Aluno, do Ministério da Educação, já adotam o computador em sala de aula e apontam mudanças na rotina. O uso de laptops em sala de aula transforma a escola e exige uma reformulação profunda do currículo e do projeto pedagógico, concluíram os professores e pesquisadores das escolas-piloto do projeto. Eles se reuniram ontem, no Rio, para debater o resultado das experiências. Segundo a organizadora do evento, Denise Vilardo, "a idéia é aproveitar a troca de informações para reunir um conjunto de boas práticas que podem ser implementadas nas próximas 300 escolas que vão receber os laptops". A ampliação depende da conclusão de uma licitação. Desde o final de 2006, quando o projeto foi criado, escolas de cinco cidades brasileiras realizaram testes com 1.390 laptops de três modelos, todos doados pelos fabricantes: o Classmate PC (da Intel/Positivo), o Mobilis (da indiana Encore Software), e o XO (da One Laptop Per Child Foundation). EXPERIÊNCIAS A maior dificuldade na Escola Municipal Ernâni Silva Bruno foi distribuir os laptops. A escola tem 1.200 alunos e recebeu 400 computadores. "Eles reivindicavam o laptop", disse a coordenadora pedagógica Edna Telles, que acabou organizando um esquema de rodízio. A coordenadora do projeto em Palmas, no Tocantins, Leila Ramos, disse que na Escola Estadual D. Alano Marie Du Noday, a experiência exigiu um aumento no tempo de aula de 45 minutos para 2 horas. "Se não, era o tempo de ligar e desligar e acabou a aula." A disposição das carteiras também mudou. Os alunos reagruparam-se de quatro em quatro.

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