Além de informar que Robin Williams teria sido diagnosticado incorretamente em seus últimos anos de vida, o jornalista Dave Itzkoff também promete contar como as pessoas próximas ao ator lidaram com a notícia de sua doença. As informações estão na biografia Robin, que será lançada este mês, e que teve uma pequena parte publicada pela revista Vanity Fair na última segunda-feira, 8.
O ator Billy Crystal, amigo de Robin, relembrou a ligação na qual o amigo lhe contou que estava com a doença de Parkinson: “Eu nunca o vi tão assustado como daquele jeito. Ele era o artista mais corajoso que eu já conheci, mas naquela hora não passava de um homem assustado”.
Robin não aparentava os sintomas esperados para a doença, por isso se consultou com outro médico que fez o diagnóstico correto: ele sofria de demência de Corpos de Lewy difusa, segundo tipo mais comum de demência progressiva depois do Alzheimer.
Billy disse que ele não falava abertamente sobre o que estava sentindo, dizia apenas que não estava bem. Ao relembrar de um jantar com o ator, a mulher de Billy, Janice, contou que se assustou com sua aparência.
“Eu não o via havia quatro ou cinco meses. Quando ele saiu do carro, eu me sobressaltei com a aparência dele. Ele estava muito magro e parecia um pouco frágil”, relembrou.
“Robin estava muito quieto”, relembrou Billy. “Em certo ponto, ele pôs a mão em meu ombro e me olhou como se quisesse falar alguma coisa”. Na hora de se despedirem, Robin abraçou e começou a chorar.
“Ele abraçou a mim e à minha mulher e começou a chorar. Perguntei o que estava acontecendo, e ele disse ‘Estou muito feliz de me encontrar com vocês. Faz tempo que não nos vemos. Vocês sabem que lhes amo’”, falou Billy.