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Mc Carol desabafa sobre medo do ex-marido: 'Tenho me escondido, durmo mal'

Ex-marido da funkeira ficou preso por seis meses e agora está em regime semiaberto

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Por Redação
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A funkeira Mc Carol compartilhou o desespero que vive por causa do ex-marido que tentou matá-la. Foto: Instagram/@mccaroldeniteroioficial

Sete meses após o ex-marido tentar assassiná-la em sua própria casa, Mc Carol segue com medo do que Alexsandro de Oliveira é capaz de fazer. Em entrevista à Marie Claire, a funkeira contou o desespero que vive até os dias de hoje. "Desde que recebi a notícia que ele foi solto, há três meses, tenho me escondido, vivo com medo. Eu durmo mal, às vezes viro a noite acordada e só consigo pegar no sono às 11h da manhã. A todo momento levanto para conferir as portas e só saio para alguns lugares, mas sempre acompanhada por muitas pessoas", expôs. Mc Carol ainda revelou que chegou a pensar em parar de fazer shows porque se sente vulnerável: "Eu não posso andar nas ruas, não posso fazer amizade na vizinhança. Ninguém sabe para onde me mudei, somente duas ou três pessoas".

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Alexsandro de Oliveira ficou preso por seis meses e agora vive em regime semiaberto. Durante o dia, até às 18h, pode andar livremente por Niterói, mas deve retornar para dormir na cadeia.

Ela conta que começou a receber ameaças em janeiro deste ano, quando o mandou embora de sua casa. A partir daquele momento, as intimidações viraram uma constante: "Durante o mês de fevereiro sofri ameaças quase que diárias e, em março, na última ligação, ele falou que não teria coragem de fazer nada, que era muito jovem e isso acabaria com sua vida. No dia 4 de abril ele pulou a cerca elétrica da minha casa às 4h da manhã com um facão, pronto para me matar".

Mc Carol também compartilhou detalhes do casamento, que muitas vezes tinha características de um relacionamento abusivo. "Desde o começo, meu marido queria que eu largasse a música, mas sempre falei não. Acho que ele tinha esperanças disso acontecer e tentava me engravidar para me afastar dos palcos. Penso que deveria ter colocado um ponto final quando ele começou a controlar minhas roupas, minha maquiagem, meu perfume e até meus trabalhos. Pouco tempo antes de terminar, ele chegou a rasgar as roupas que eu ia usar no show. Tive que colocar uma faca na cintura, uma roupa na sacola e sair de casa", disse.

Considerando-se feminista desde sempre, a funkeira acredita que a lei protege o agressor, principalmente homem. "Todos os dias tem feminicídio, sabe? Sinto medo porque a Justiça não protege a mulher. A única coisa que me disponibilizaram foi ir para um lugar com outras vítimas, mas aí não posso trabalhar, ter telefone, nem contato com ninguém. Alguém tenta me matar e eu é quem tenho que ficar presa?", reflete.

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