JK Rowling responde a homem misógino nas redes sociais
Escritora não se intimidou e deu uma lição de como combater o machismo

Atitude da escritora incentiva as mulheres a não aceitarem atitudes misóginas Foto: Suzanne Plunkett/ Reuters
As mulheres se deparam com comentários misóginos constantemente. Algumas ficam intimidadas e não conseguem reagir, já outras não se acanham e tratam de colocar os preconceituosos em seus devidos lugares. JK Rowling, definitivamente, pertence ao segundo grupo.
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Ela usou suas redes sociais para relatar que deixou de seguir um homem, sem dizer seu nome, porque ele chamou a primeira-ministra britânica de vadia. “Deixei de seguir um cara, que eu achava ser um cara inteligente e legal, porque ele chamou Theresa May de vadia”, disse.
Ela ainda completou: “Se você não pode discordar de uma mulher sem recorrer desses velhos insultos sujos, dane-se você e sua política”.
Confira a mensagem completa, dividida em 14 tweets, dela para o, como ela ironicamente se refere, “Sr. Cara Liberal Legal”:
“Deixei de seguir um cara, que eu achava ser um cara inteligente e legal, porque ele chamou Theresa May de vadia. Se você não pode discordar de uma mulher sem recorrer desses velhos insultos sujos, dane-se você e sua política.
Estou cheia de homens “liberais” cujas máscaras caem toda vez que uma mulher os desagrada, utilizam palavras cruéis e humilhantes associadas ao corpo feminino, agem como velhos misóginos e depois se passam por corajosos.
Quando você toma uma atitude dessas, Sr. Cara Liberal Legal, você se coloca do lado daqueles que enviam imagens pornográficas violentas para mulheres e ameaças de estupro, que tentam de toda forma intimidar as mulheres para que saiam da política e dos espaços públicos, tanto físicos quanto digitais.
“Vagina”, “vadia” e, naturalmente, estupro. Nós somos feias demais para sermos estupradas ou precisamos ser estupradas ou, ainda, precisamos ser estupradas e mortas. Toda mulher que eu conheço que já tentou expressar uma opinião publicamente, já sofreu algum desses tipos de violência pelo menos uma vez, aparentemente com a determinação de humilhá-la ou intimidá-la pelo simples fato dela ser mulher.
Eu não me importo se estamos falando da Theresa May, Nicola Sturgeon, Kate Hooey, Yvette Cooper ou Hillary Clinton: a condição da mulher não é um erro de design.
Se sua resposta imediata a uma mulher que lhe desagrada é chamá-la de algum nome que remeta a seu órgão reprodutor ou compará-la a uma prostituta, então encare o fato: você não é um liberal.
Você está a poucos passos de ser a charge de um sapo”.