As declarações vieram após a seguinte pergunta de Joyce: "Nesses últimos anos, a TV mudou muito. Se modernizou, seriados, séries... Junto com isso, explodiu essa questão do assédio moral e do assédio sexual. Provavelmente, devia existir, mas, hoje em dia, está tudo muito na vitrine, né?"
Gloria Maria respondeu: "Se você quer saber, eu acho isso tudo, basicamente, um saco. Por exemplo, hoje, tudo é racismo, tudo é preconceito... Eu, até hoje, na TV, tenho meus câmeras antigos, os técnicos que estão comigo há 40 anos, todos me chamam de 'Neguinha'. Eu nunca me ofendi, nunca me senti discriminada. Me chamam de uma maneira amorosa, carinhosa. É claro que se falam 'Ô, nega', não sei o quê, é outra coisa."
"Então, hoje, tudo é preconceito, tudo é assédio. Está chato. Estou há mais de 40 anos na televisão. Já fui paquerada muitas vezes, mas nunca me senti assediada moralmente. Acho que o assédio moral é uma coisa clara, não tem dubiedade. Não tem como você interpretar. O assédio é uma coisa que te fere, é grosseiro, te machuca, te incomoda, te desmoraliza", continuou.
VEJA TAMBÉM: Artistas que sofreram abusos ou assédios e falam abertamente sobre isso
'Hoje tudo é preconceito, assédio, está chato', diz Gloria Maria
'Hoje tudo é preconceito, assédio, está chato', diz Gloria Maria X
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Personalidades que sofreram assédio ou abuso
Casos de abuso e assédio sexual são, infelizmente, ainda bastante comuns em nossa sociedade. Diversas personalidades também já foram vítimas deste tipo de crime, e algumas optam por falar abertamente sobre o tema, muitas vezes com o intuito de conscientizar o público. No Brasil, o número 180 é o disque-denúncia para a Central de Atendimento à Mulher, e recebe denúncias de violências de determinados tipos. Confira a seguir alguns nomes que já falaram sobre as situações traumáticas
Foto: Wilton Junior / Estadão | Danny Moloshok / Reuters
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Xuxa
Em entrevista ao 'Fantástico' em 2012, a apresentadora falou sobre momentos traumáticos de seu passado: "Não me lembro direito, sei que eu era muito nova. Me lembro do cheiro, tinha cheiro de álcool, e eu não sei quem foi. E depois aconteceram muitas vezes. Parou aos 13 anos, quando eu consegui fugir. Me dá vontade de vomitar quando eu lembro que tudo isso aconteceu e eu não pude fazer nada. Eu não sabia, eu não tinha experiência. O que uma criança tem de experiência? O que ela pode fazer?"
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Xuxa
"Eu tinha medo de falar pro meu pai e ele achar que era eu que estava fazendo isso, porque uma das vezes que aconteceu foi com o melhor amigo dele, que queria ser meu padrinho. Eu não podia falar pra minha mãe porque uma das vezes também foi com o cara que ia casar com minha avó. Um professor chegou pra mim e disse: 'Não adianta você falar, porque entre a palavra de um professor e um aluno, vão acreditar no professor, e não no aluno'. Se me perguntarem por que aconteceram essas coisas comigo, eu ainda acho que foi por minha culpa, e a gente não pode pensar assim. A criança não tem culpa", desabafou.
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Xuxa
Em outra ocasião, em novembro de 2015, a loira relembrou outro episódio de constrangimento ocorrido quando ainda era modelo. Ao entrar em um táxi usando uma minissaia, o motorista começou a se masturbar, fazendo com que Xuxa não soubesse o que fazer de tanto desespero.
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Ellen Roche
Em entrevista no 'Encontro com Fátima Bernardes', a atriz revelou que já sofreu abusos algumas vezes, especialmente utilizando o transporte público. "No ônibus, essa história do cara começar a chegar e se esfregar... Eu mudava de lugar. Encarava e o cara ficava constrangido". Leia mais aqui.
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Luana Piovani
Eu não cheguei a ser abusada mas eu sofri um assédio. E só fui lembrar desse assédio que sofri quando começou aquele movimento todo no Facebook, da hashtag #PrimeiroAssédio. Eu fui assediada verbalmente e fisicamente. [...] Fui tocada. Tinha entre seis e oito anos, mas depois nunca mais aconteceu. Aconteceu umas quatro vezes. Tenho uma certa dificuldade quando vou na ginecologista, e eu acho que é por conta disso.
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Rita Cadillac
A ex-chacrete falou sobre o pesadelo que foi seu primeiro casamento, que contou até mesmo com ameaças de morte, em entrevista ao portal R7 em 2013: "Casei-me com 15 anos de idade com um homem 10 anos mais velho que eu. E só uma semana depois é que fui fazer sexo com ele. Isso porque ele me deu um porre e me estuprou. [...] Ele ainda me traiu com a madrinha do nosso casamento. Peguei os dois juntos e a partir desse dia ele nunca mais me tocou."
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Salma Hayek
A atriz Salma Hayek revelou em um texto escrito para o jornal 'The New York Times' sobre os assédios e traumas que sofreu com o produtor de Hollywood Harvey Weinstein. Ela disse que chegou a um ponto em que foi sua vez de dizer 'não' a Weinstein. "Não para abrir-lhe as portas a qualquer hora da noite, hotel atrás de hotel, locação atrás de locação, onde ele aparecia inesperadamente, incluindo em um local em que eu estava fazendo um filme que ele não estava envolvido. Não para tomar um banho com ele. Não para deixá-lo me ver tomando banho. Não para deixá-lo me dar uma massagem. Não para deixar um amigo nu dele me dar a massagem. Não para deixá-lo fazer sexo oral em mim. Não para me deixar nua com outra mulher. Não, não, não, não, não". Salma ainda falou sobre a importância de sua amizade com Quentin Tarantino e George Clooney como proteção contra o produtor.
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Ashley Judd
Ashley Judd foi uma das primeiraz atriszes a relatar ao The New York Time assedio por parte de Harvey Weinstein. Ela firmou ter sido atraída pelo produtor a um hotel, onde os dois supostamente teriam um encontro de negócios. Ao chegar lá, no entanto, ela foi enviada ao quarto de Weinstein, que a aguardava vestindo um roupão de banho. De acordo com a atriz, o produtor a perguntou se poderia fazer-lhe uma massagem ou se ela poderia assisti-lo tomando banho. Leia aqui.
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Angelina Jolie
"Tive uma experiência ruim com Harvey Weinstein na minha juventude, e, como resultado, escolhi nunca trabalhar com ele de novo e avisar outras pessoas que trabalhavam. Este comportamento sobre qualquer mulher, em qualquer área, em qualquer país é inaceitável", contou a atriz em entrevista ao jornal 'The New York Times', revelando ter sido uma das vítimas do produtor de Hollywood que ganhou as manchetes de todo o mundo por conta de suas acusações de assédio.
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Gwyneth Paltrow
A atriz foi outra que sofreu com Harvey Weinstein. Quando tinha 22 anos, teria sido assediada pelo produtor, quando estava no começo de carreira. Ela conta que não cedeu às investidas, e contou com a ajuda de Brad Pitt, seu namorado à época, para confrontá-lo. Ela também conta que sofreu pressão para que não contasse sobre o ocorrido para ninguém: 'Eu pensei que ele ia me demitir', contou ao 'The New York Times'.
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Lupita Nyong’o
A atriz Lupita Nyong’o também publicou seu relato no 'The New York Times'. Ela relata que ainda estava na universidade quando conheceu Weinstein e ele a assediou. Em um primeiro encontro de negócios, ele a obrigou a pedir voca, mesmo após ela ter dito que não queria beber. A atriz também relata que em outra ocasião ele quis fazer uma massagem nela e disse que iria tirar as calças. Ela fugiu. Em outra situação, após ela negar ir ao quarto dele e temer que isso pudesse prejudicá-la, ele ameaçou: "Não sei a sua carreira, mas você vai ficar bem." Leia o relato da atriz, em inglês.
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Com a onda de denúncias contra Harvey Weinstein, o ator resolveu se posicionar e contar que também havia sido assediado por um executivo do cinema. "Minha esposa e eu estávamos em uma festa em Hollywood no ano passado quando um executivo da indústria veio em minha direção e simplesmente agarrou meus órgãos sexuais. Eu pulei para trás e gritei 'O quê você está fazendo?'. Minha mulher viu tudo e olhou para ele como se ele fosse louco. O idiota só ficou lá sorrindo". Leia mais aqui.
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Gisele Itié
Em entrevista à revista 'Glamour' em 2017, a atriz revelou ter sido estuprada pelo "último homem que poderia imaginar": "Acordei. Olhei para o lado e lá estava ele, dormindo. Olhei melhor e o vi nu. Susto. Me olhei. Nua. O chão forrado de garrafas vazias. Eu forrada de amnésia. Foi difícil sentar. Então vi o que eu já imaginava. Perdi a virgindade". Após receber críticas, desabafou pedindo união das mulheres. Leia mais aqui
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Fernanda Young
Em entrevista à revista 'Marie Claire', a apresentadora declarou: "Fui violentada em um encontro íntimo com um ex-namorado, aos 16 anos. Na época, achei horrível, mas levei tempo para entender que foi um estupro. Ele começou a forçar a barra, eu disse que não queria e ele amarrou meus pulsos. Fez sexo comigo dessa maneira. Não sabia para quem contar, tinha vergonha. Achava que a culpa era minha por ter amado essa pessoa. Só percebi que tinha sido estuprada vendo uma cena semelhante em uma série anos depois". Leia mais aqui.
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Gaby Amarantos
Em depoimento ao programa Xuxa Meneghel, a cantora revelou ter recorrido à ajuda de familiares para contornar uma situação de assédio: "Tem uma situação na minha adolescência que foi a mais aterrorizante. Um homem bem mais velho me assediava com gestos obscenos, com olhares obscenos, até que eu tive coragem e falei pro meu pai, que tomou uma providência. É muito importante você se proteger, porque assim você está protegendo outras mulheres também."
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Ana Maria Braga
Em entrevista à revista 'Quem', a apresentadora revelou já ter sofrido assédio moral e sexual. "Sempre acham que a culpa é da agredida. É difícil quebrar a cadeia do machismo burro e absoluto", disse. Leia mais aqui.
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Roy Rosseló (Menudo)
Ex-integrante da boyband Menudo, que fez sucesso na década de 1980, Roy revelou ter sido estuprado por seu ex-empresário, Edgardo Díaz, ao longo dos três anos que integrou o conjunto. "Foi em Copacabana. Eu saí com algumas meninas e, quando cheguei no hotel, Edgardo estava na recepção. Ele me puxou pelo cabelo, pelo Copacabana Palace, pela recepção toda me batendo, me chutando, me maltratando. Tomei banho, saí de toalha e ele falou: 'Quero te ver completo, quero ver seu corpo, suas partes íntimas. Vem cá, deita na minha cama'. Aí ele me estuprou, praticamente. Não houve consentimento, não houve pena da parte dele", contou em entrevista ao 'Conexão Repórter', do SBT. Leia mais aqui
Foto: Divulgação / SBT
"Agora, a paquera, pelo amor de Deus... Eu estou cansada desse negócio. Os homens estão com medo. Eu quero ser paquerada ainda, gente, estou viva. Mas existe uma cultura hoje que 'não pode', e nós mulheres sabemos bem fazer a diferença de uma paquera para o assédio, um abuso sexual", prosseguiu.
Por fim, Gloria Maria concluiu: "Acho que esse mundo está muito chato. Essa coisa do politicamente correto é um porre. Eu não sou politicamente correta e não vou ser, não adianta, não venho de um mundo politicamente correto."
"Acho que politicamente correto é o caráter, a honestidade, a sua capacidade de olhar para o outro. Isso é politicamente correto. Agora, esse mundo que a gente está, que vem muito da amargura das pessoas, da frustração das pessoas, isso eu não gosto, não aceito. Nessa eu não entro, não, sob nenhuma hipótese", encerrou.
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Não pergunte: ‘Mas você tem certeza?’
“Eu passei por uma violência e uma das primeiras pessoas para quem eu contei era meu melhor amigo, que morava comigo. A primeira coisa que ele perguntou foi: ‘Você tem certeza?’” Relata Sofia Gonzáles, que media na associação Artemis um grupo de apoio a mulheres que sofreram violência sexual. Ela explica que a pergunta desestabiliza ainda mais a mulher que acabou de passar por uma situação traumática. “Ela sofreu muitas formas de violência. Então é importante que ela não se sinta julgada ou culpada por alguém que está querendo ajudar”, diz Luiza Assumpção, psicóloga que também atua na Artemis. Em vez disso, mostre que você vai apoiar as decisões e respeitar o espaço dela.
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Não pergunte: ‘O que aconteceu exatamente?’
“Quando alguém que relata um caso de estupro, a gente muitas vezes se sente na obrigação de dizer alguma coisa. Mas precisa tentar evitar matar a própria curiosidade - saber quem foi, como foi. A principal atitude é focar na vítima”, afirma Luiza. Em vez de questionar detalhes, diga: “Se você não quiser falar, tudo bem. Estou aqui para o que você precisar”, sugere Sofia.
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Não pergunte: ‘Quem foi o agressor?’
Luiza e Sofia ressaltam que o mais importante é respeitar o limite da mulher. Ela deve contar aquilo que se sente à vontade em dizer e apenas quando estiver pronta. Você pode explicar para ela a importância de denunciar o agressor e se oferecer para acompanhá-la, mas não deve julgar a decisão final dela. “Um abuso já é atravessar os limites de alguém. Então a partir daí é importante respeitar as barreiras que ela vai colocar no contato dela com o mundo”, explica Luiza.
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Não pergunte: ‘Você estava bêbada?’
Questionar as circunstâncias da violência, mesmo sem a intenção, é um julgamento. Vale lembrar que não importa se a mulher estava bêbada ou sóbria, nada justifica o abuso ou assédio.
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Não pergunte: ‘Que roupa você estava usando?’
Vale o mesmo raciocínio da questão anterior: a mulher só será agredida se um agressor estiver por perto. “Um dos grandes problemas da situação de violência é que o primeiro sentimento é de vergonha de dizer, de se expor”, explica Nathália Cardoso, preceptora do programa de residência em Medicina de Família e Comunidade da faculdade de medicina da USP e médica no Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde. Julgar a mulher após o assédio ou abuso vai deixá-la com ainda mais receio de falar sobre a situação.
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Não pergunte: ‘O que você estava fazendo lá?’
Mais um questionamento que implica julgamento. Demonstre que você está pronto para ouvir o que ela quiser contar, sem levar o foco da agressão para as atitudes dela.
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Não diga: ‘No seu lugar, eu faria diferente’
É preciso lembrar que cada pessoa vai lidar com o abuso ou assédio de uma maneira diferente. “A gente tem que se controlar muito para não dizer o que faria dentro da nossa perspectiva, porque cada um tem a sua história, é muito particular”, complementa Nathália.
Foto: Emais Estadão
Em outro momento da conversa, em uma reflexão sobre a pandemia, Gloria Maria relembrou diversas coberturas jornalísticas em zonas de conflito ou de pobreza que fez ao longo da carreira.
"De violência, de dor, de sofrimento, acho que poucas pessoas no mundo entendem melhor e mais do que eu. Nessa pandemia eu entendi muito bem todas as dores. No meio dela, ainda perdi minha mãe, não foi pouca coisa", disse.
Confira abaixo a live com entrevista de Gloria Maria para Joyce Pascowitch (o assunto é abordado a partir de 28 minutos).