Eva Longoria foi a surpresa de último minuto do debate O Apagamento dos Latinos em Hollywood, apresentado na quinta-feira, 10, pela academia de cinema. Com o evento, a instituição que organiza o Oscar visa abordar a baixa representação hispânica nos filmes.
Longoria, que não foi anunciada inicialmente, se juntou a mesa redonda latina e feminina com a vice-presidente executiva de produção da Marvel Studios, Victoria Alonso; a diretora de elenco Carmen Cuba; a cineasta Nadia Hallgren; e a fundadora da American Entertainment Marketing e LA Collab, Ivette Rodríguez.
Lorenza Muñoz é a moderadora deste debate virtual que já pode ser visto no YouTube em inglês e com legendas em espanhol.
"Os latinos são o maior grupo étnico dos Estados Unidos, representando 18% da população, e ainda assim estão amplamente ausentes, em frente das câmeras ou atrás dela em cargos executivos, nas narrativas estados unidenses", explicou ela para a academia.
O Apagamento dos Latinos em Hollywood faz parte dos Diálogos da Academia: Isso Começa Conosco, um ciclo de dez debates e relatórios virtuais sobre racismo e desigualdade de gênero no cinema com a qual a instituição pretende refletir sobre “raças, etnias, história, oportunidades e a arte do cinema”.
A academia vem tentando melhorar a representação, diversidade e inclusão no cinema há anos. Nesse sentido, o Oscar apresentou nesta terça-feira uma importante mudança de seus regulamentos para exigir que a partir de 2024 as produções candidatas ao melhor filme atendem aos requisitos mínimos de inclusão e diversidade.
Entre os requisitos - que não devem ser atendidos todos, mas apenas um alcance mínimo deles entre as várias opções possíveis - escalas são listadas como pelo menos um dos protagonistas represente minorias ou 30% dos personagens secundário.
Para o Oscar de 2022 e 2023 todos os filmes que quiserem competir devem entregar um formulário mostrando os requisitos que cumprem, embora não sejam formalmente exigidos até a gala de 2024.