'Ele considera isso brincadeira, mas não é', diz Taís Araújo sobre José Mayer

Atriz fez par romântico com Mayer, e aderiu à campanha 'Mexeu com uma mexeu com todas'

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Por Gabriel Perline
Atualização:
. Foto: Mauricio Fidalgo/Globo

Taís Araújo é uma das artistas da Globo envolvidas com a campanha 'Mexeu com uma mexeu com todas', que tomou corpo após a figurinista Susllen Tonani tornar público os assédios que sofreu do ator José Mayer nos bastidores da novela A Lei do Amor.

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"Esse movimento não começou com a gente, que estamos na frente das câmeras. Começou com uma produtora chamada Catarina Rangel, que viu a notícia e disse 'chega, parou'. E aí ela montou um grupo no WhatsApp, com 15 pessoas, e em poucas horas já tinha 259 pessoas. Extrapolou a capacidade do WhatsApp. Aí virou um grupo no Facebook com mais de mil mulheres. Nós, atrizes e diretoras, quando vimos esse movimento ainda pequeno decidimos dar as mãos e dissemos: 'vamos embora juntas'", disse a atriz em entrevista ao E+.

Taís protagonizou a novela Viver a Vida, entre 2009 e 2010, e formou par romântico com José Mayer. Embora tenha uma consideração pelo colega de profissão, ela não concorda com seus atos.

"O José é um companheiro de trabalho muito gente boa. Mas é aquilo que ele falou, ele é um cara dessa época, que considera isso brincadeira, mas não é", afirmou. "Mas não quero fazer uma caça às bruxas ao José Mayer, acho um desserviço. Aí fica todo mundo correndo atrás do próprio rabo. Acho que a gente tem olhar daqui para frente."

Esta campanha, para ela, não se trata de um grito de desespero, mas de uma iniciativa de conscientização feminina, para que a mulher não encare e não aceite os abusos como situações normais.

"Esses casos de assédio acontecem em todos os lugares, o tempo inteiro. E a gente de fato acredita que precisa ter uma união. Além de os homens terem que se reeducar, a gente também tem que se reeducar e saber que se tem alguém passando um constrangimento ao meu lado, essa pessoa pode contar comigo, eu não vou rir e não vou ficar sem graça e deixar passar. O negócio é não naturalizar", comentou.

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