Casagrande não vê redes sociais para evitar mensagens negativas

'Algumas pessoas fazem sacanagem para jogar as outras para baixo', disse o comentarista, que considera que o fim da Copa foi o mais importante de sua vida

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Por Redação
Atualização:
Casagrande revelou sua superação contra as drogas na recente Copa do Mundo em depoimento. Foto: reprodução/ Sportv

Nesta quinta-feira, 17, o comentarista Walter Casagrande deu um depoimento à revista Época no qual ele relata a importância de ter ficado sóbrio durante a Copa do Mundo na Rússia. No texto, o ex-jogador revelou que não acessa as suas redes sociais, gerenciadas pelos filhos, para não ver as opiniões enviadas contra ele.

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"Algumas pessoas fazem sacanagem para jogar as outras para baixo. Por que eu vou ver algo que me joga para baixo? Prefiro ver coisas que me jogam para cima. Minha vida não pode ir para baixo. Então faz muito tempo que não fico chateado ou com raiva, porque eu não vejo nada. A minha vida é todo dia", afirma.

Casagrande diz que não vai mais falar sobre o passado após o relato feito à revista, já que, segundo ele, os fatos antigos acabaram na Copa. "Vocês vão ser as últimas pessoas com quem eu vou falar sobre isso. Aquele momento de emoção no fim da Copa foi o mais importante da minha vida nos últimos dez anos", desabafa.

Ele lembra que não estava contando os dias sem beber durante o evento e, no jogo da final, recordou todo o processo de luta contra o vício.  "Passei pela maior prova que um dependente químico poderia passar sozinho, sem ninguém próximo a mim", aponta.

O ex-atleta já tinha conseguido não usar drogas durante a Olimpíada de 2016, após ficar internado por sete meses, até março daquele ano. No entanto, ele diz que tinha amigos e psicólogos próximos para lhe ajudar. "Eu precisava de um evento grande, uma Copa do Mundo fora do Brasil, para que eu mesmo tivesse de resolver as coisas. Aí, sim, eu ia me sentir num patamar mais evoluído", confessa.

O craque expõe que a equipe da TV Globo respeitou o seu tratamento. "Tomavam vinho, mas tomavam discretamente, e tranquilamente a gente ia embora. Eles não bebiam na minha frente", revela.

Casagrande explica, ainda, que evitou fazer turismo para não ver as pessoas bebendo nas ruas. "Eu só fui ao Teatro Bolshoi, no dia que eu cheguei, para ver balé.  As outras coisas eu só conheci em trânsito, com motorista me pegando no aeroporto, levando para o estádio, levando para o hotel. Conheci a Rússia desta maneira", conta. 

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