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Atriz de 'Preciosa' denuncia caso de racismo em loja Chanel 

Gabourey Sidibe pretendia comprar óculos de grau da grife e foi destratada por vendedora

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Por Redação
Atualização:
Atriz publicou seu relato em primeira pessoa no site Lenny, deLena Dunham e Jenni Konner Foto: REUTERS/Danny Moloshok

Gabourey Sidibe publicou um relato sobre uma má experiência que teve ao entrar em uma loja Chanel. O texto em primeira pessoa foi postado no site Lenny, de Lena Dunham e Jenni Konner. 

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A atriz relata que foi a uma loja da marca para comprar óculos de grau, mas a vendora afirmou que eles só tinham óculos escuros. "Só temos óculos escuros. Há uma loja do outro lado da rua que vende óculos de grau", disse a atendente. 

"Ela me deu o nome de uma loja que revendia com descontos. Eu fiquei na vitrine por menos de um minuto e ela estava literalmente me direcionando para outra loja", escreve Gabourey. A atriz insistiu e disse que queria óculos Chanel. A vendedora respondeu que na outra loja havia, também, produtos da marca de luxo. 

"Eu adoraria fingir que ela estava sendo educada, mas ela estava, na verdade, pouco se importando. (...)Eu estava tentando comprar um óculos e ela estava tentando acabar com a interação comigo o mais rápido possível", lembra. Para ter certeza de que estava entendendo certo o que estava acontecendo, Gabourey fez a atendente repetir três vezes seu pedido para que a atriz fosse embora. 

"Eu sabia o que ela estava fazendo. Ela decidiu depois de uma olhada para mim que eu não estava lá para gastar dinheiro. Mesmo que eu estivesse usando uma bolsa Chanel, ela decidiu que eu não era uma cliente Chanel, então, não valia seu tempo e sua energia", escreve. 

Ela afirma que isso já aconteceu com ela inúmeras vezes em sua vida, mesmo depois de ter virado uma atriz famosa. O mesmo já havia ocorrido em uma loja Dior. "Mesmo quando eu era uma adolescente, eu sabia que era por causa da minha cor e do meu comportamento. Eu vivia na periferia. Ser suspeita de roubo é parte do caminho", além disso, Gabourey assumo que, quando tinha 15 anos, viveu uma curta fase de cleptomania. "Mas eu cresci disso, e se eu balanceasse as vezes que fui suspeita de roubar contra as que roubei, seria algo como 99% contra 1%."

Apesar do mau tratamento, a atriz ainda tinha de comprar sandálias para uma amiga e perguntou onde poderia achá-las. Incomodada, a vendedora a levou para dentro da loja e passaram por outros vendedores negros, que a notaram. "De repente, a mulher que havia me mandado embora me disse que, apesar de eles não terem óculos de grau, eles poderiam por outras lentes nos escuros, então, eu deveria olhá-los. Assim, eu deixei de ser um inconveniente para ser uma cliente". 

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Gabourey comprou dois óculos e dois pares de sandálias. "Infelizmente, eu estou acostumada a serviços ruins. Se eu saísse de cada loja em que são rudes comigo, eu nunca teria nada bom", revela. A atriz ainda questionou se o preconceito é gerado por ser negra ou gorda. 

Em nota enviada ao site, a Chanel se desculpou pelo ocorrido. "Sentimos muito que ela não tenha se sentido bem-vinda e tenha se sentido ofendida". 

"Levamos suas palavras muito a sério e investigaremos imediatamente para entender o que aconteceu, sabendo que nada disso se alinho com os altos padrões que a Chanel que dar aos seus clientes. 

Somos fortemente comprometidos com dar a todos que vem às nossas lojas o melhor serviço possível e esperamos que, no futuro, a Sra. Sidibe escolha voltar a Chanel e experimentar a verdadeira experiência do cliente Chanel". 

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