Viagem com pets: Confira 5 dicas para realizar uma viagem segura com seu animal

Fazer um roteiro adaptado e uma mala com itens essenciais são alguns dos passos obrigatórios para uma viagem tranquila, segundo a especialista Luiza Cervenka

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Por Rafael Nascimento
Atualização:
Para viagem com o pet é importante saber se os lugares que você quer visitar e a hospedagemsão 'pet friendly', ou seja, se aceitam a presença de animais de estimação de companhia. Foto: Adobe Stock

Os pets são animais de estimação de companhia que, cada vez mais, participam ativamente da vida de seus tutores realizando, inclusive, atividades externas como viagens.

Contudo é preciso ter uma série de cuidados e atenção na hora de levar o seu melhor amigo com você durante aquela tão aguardada viagem.

Quem já tem uma certa prática em viajar com pets é a chefe de produção Patrícia Neves, que tem três cachorros: os dachshund de pelo longo - mais conhecidos como 'salchicha' - Bono, 6, e Betina, 5 -, e a piebald Margot, 4.

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Ela mostra a rotina dos três na página do Instagram '@livingwithbono'. 

O perfil leva o nome de Bono porque ele foi o primeiro a chegar na vida de Patrícia e, por consequência, é o que mais tem apego à tutora.

"Ele me adotou como dona dele. Para onde eu vou, ele vai atrás. Eu tenho uma ansiedade de separação, então, quando eu vou trabalhar, ele vai comigo para o trabalho. Quando eu viajo eu levo ele e coloco no hotel na cidade onde eu estou, quando ele não pode estar comigo no lugar. Ele não fica para trás, onde eu vou ele vai", conta Patrícia.

Mas não é só Bono que tem o privilégio de viajar, Betina e Margot também acompanham a família, seja em viagens nacionais ou internacionais.

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"Em 2018, estávamos marcando um viagem para a Europa e queríamos passar por Amsterdã, na Holanda. Compramos a passagem, só que na companhia de avião não podia levar dois cachorros, e na época tínhamos o Bono e a Betina. Conclusão: pedimos o estorno da passagem e tivemos que mudar todo o roteiro da viagem para que eles pudessem participar. Fomos então para a Itália, visitamos Assis, Paris... tudo com eles", conta a chefe de produção.

Para viagens turísticas, que a família passa o maior tempo do dia visitando lugares, Patrícia tem uma dica.

"Uma dica muito legal é o carrinho. Muito gente olha torto e diz 'nossa, que frescura', mas não é. A primeira viagem que a gente fez com o Bono, levando ele dentro da bolsa, foi revezamento de peso. Por menos que ele pese, cansa. Você carregar 4kg o tempo todo no teu ombro, chega uma hora e fica parecendo que está pesando 20kg", afirma a dona dos pets.

"Na segunda viagem, já providenciamos um carrinho. Eles são cachorros de porte pequeno, eles não aguentam andar com a gente o tempo todo em lugares turísticos", diz.

Outra dica que Patrícia dá se refere à alimentação e às necessidades do animal.

"Se você for viajar de avião, alimente seu pet 12h antes, é o que eu faço. Antes do check-in, dá uma volta no entorno do aeroporto para que o pet faça suas necessidades", orienta. 

A empresária Bianca Castro é outra tutora que compartilha a rotina com seu pet, o cachorro da raça border collie Igor, 5, nas redes sociais pelo Instagram '@igor.dog'.

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Igor chegou na vida de Bianca quase como uma obra do destino, já que o pet estava destinado aos sobrinhos da empresária.

"Eu comprei ele em 2017, voltando de Bali [Indonésia]. Meus sobrinhos me pediam um cachorro há mais de dois anos. Eu não tinha nada para fazer em uma parada enorme que eu tive no Catar e resolvi comprar o pet que eles tanto queriam", conta Bianca.

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"Eu comprei e não avisei. Eu cheguei no Brasil e o Igor chegou um dia depois. No dia que liguei para minha irmã para marcar um encontro, meus sobrinhos tinham acabado de ir para a Disney. Igor ficou 15 dias comigo e nunca mais dei o cachorro", revela a empresária.

Bianca conta ainda que a primeira viagem intercional está a caminho: "Vamos para Portugal". No Brasil, a tutora já levou o border collie para vários destinos e ela atribui ao adestramento do pet a boa hospitalidade que ele recebe nos lugares em que chega.

"Quando Igor chegou na minha vida eu tinha acabado de perder minha avó e tive um período depressivo. Ele acabou sendo treinado para ser um cachorro de dependência emocional. Ele é um cachorro super adestrado, educado, sabe se comportar", diz.

A consultora comportamental de cães e gatos e blogueira do Comportamento Animal no EmaisLuiza Cervenka, listou cinco dicas para você fazer uma viagem mais segura com seu pet. Confira:

Itens obrigatórios na mala

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"Primeiro ponto de todos é fazer a mala para o pet. Tudo o que podemos precisar tem que estar na mala", diz a consultora, que lista os principais itens:

- Pote de água e de comida - tanto de passeio quanto o que vai ficar no hotel - Brinquedo favorito - Cama/cobertor - Roupa - Coleira e guia - Bolsa de transporte/carrinho  - Carteira de vacinação  - Atestado de saúde (se for viajar para outro estado) - Kit primeiros socorros (remédios, pomadas e afins) - Tapete higiênico  - Cata caca - Produto de limpeza específico para pets - Toalha - Lenço umedecido - Escova

Roteiro de viagem

"O segundo ponto é fazer o roteiro da viagem antes de sair de casa. Saber onde pode e onde não pode entrar com os pets e quais os tipos de atividades em que será possível incluir os animais", orienta Luiza.

Hospedagem

"O terceio ponto é a escolha da hospedagem. Nem sempre hotéis e pousadas são a melhor escolha. Às vezes, alugar um flat ou mesmo uma casa pode facilitar a adaptação do pet ao ambiente novo", afirma a consultora.

"Cheque as regras de cada lugar antes de fazer a reserva. Alguns, por exemplo, não permitem que os pets fiquem sozinhos no quarto. Isso volta à confecção do roteiro", alerta.

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Respeitar os limites do pet e ter paciência na adpatação ao novo lugar são algumas dicas que a consultora comportamental de cães e gatos, Luiza Cervenka, dá sobre viagem com pets. Foto: FreePik

Respeitar os limites do pet

Paciência na adaptação

"Nem todos os pets se adaptam facilmente a locais e rotinas novos. Por isso, pode rolar um xixi onde não deve, uma diarreia de nervoso, um choro à noite e está tudo bem. É natural que isso aconteça principalmente em pets que são marinheiros de primeira viagem. É possível conversar com o médico veterinário antes da viagem sobre a possibilidade de medicação e feromônios que podem ser usados nesses casos", conclui Luiza Cervenka.

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