Unicef convida crianças a desenhar como se sentem na quarentena durante pandemia do coronavírus
Tristeza, saudades da escola, alegria por não estar doente, medo de perder alguém da família são alguns dos sentimentos expressos
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Por Camila Tuchlinski
Atualização:
Os adultos têm feito diversas lives nas redes sociais para falar sobre como se sentem em relação à quarentena durante a pandemia do novo
coronavírus. Mas como as crianças estão se sentindo com a covid-19?
Meninas e meninos brasileiros foram convidados pelo
Unicef a expressarem seus sentimentos na quarentena durante a pandemia do novo coronavírus. A campanha "Sentimentos no Papel", lançada nesta quarta-feira, 22, incentiva famílias a ouvir as crianças e postar seus desenhos.
Por meio de desenhos, os pequeninos contam que sentem falta da escola, mostram que o novo coronavírus as assusta, mas também trazem mensagens de esperança.
"O novo coronavírus mudou a rotina das famílias e das crianças, impactando muito seu cotidiano. Neste momento, é fundamental acolhê-las e criar um ambiente em que elas possam expressar seus
sentimentos. A campanha surge com este objetivo: estimular as crianças a contar como estão se sentindo por meio de desenhos", explica Michael Klaus, chefe de Comunicação e Parcerias do Unicef no Brasil.
Lucas Fontoura, de nove anos, morador de Manaus, Amazonas, colocou no papel os diferentes sentimentos que fazem parte de seu dia a dia agora. "Eu tenho várias
emoções. É muito confuso. Num dia eu estou triste porque não posso sair de casa, não posso ver meus amigos. Noutro dia estou feliz porque aprendi uma coisa nova. Depois eu fico triste de novo porque penso que pode morrer alguém próximo de mim", explica o menino.
VEJA TAMBÉM: Desenhos feitos por crianças na quarentena sobre o que sentem em relação ao coronavírus
Desenhos feitos por crianças na quarentena sobre o que sentem em relação ao coronavírus
1 / 15Desenhos feitos por crianças na quarentena sobre o que sentem em relação ao coronavírus
Desenhos feitos por crianças na quarentena sobre o que sentem em relação ao coronavírus
Como as crianças se sentem diante do coronavírus? O Unicef pediu para que os pequeninos se expressasem através de desenhos. E os resultados são surpre... Foto: Divulgação/UnicefMais
'Sentimentos no Papel'
Desenho de Sofia Baldinato, de cinco anos de idade, que mora em Carapicuíba, na Grande São Paulo. Foto: Divulgação/Unicef
'Sentimentos no Papel'
Trabalho de Raphaella Yasmin, de sete anos de idade, moradora de Fortaleza, no Ceará. Foto: Divulgação/Unicef
'Sentimentos no Papel'
Gabriel Novais, de oito anos, morador da cidade de Registro, participa de projeto da Unicef. Foto: Divulgação/Unicef
'Sentimentos no Papel'
Desenho de Miguel Pereira, de nove anos de idade, que vive em Olinda. Foto: Divulgação/Unicef
'Sentimentos no Papel'
Trabalho de Natally Sousa, de 11 anos, no projeto em que crianças se expressam durante pandemia. Foto: Divulgação/Unicef
'Sentimentos no Papel'
Desenho de Edgard Vinicius, de quatro anos de idade, morador da cidade de Maceió, em Alagoas. Foto: Divulgação/Unicef
'Sentimentos no Papel'
Maria Antonia, de 10 anos, também participa com desenhos do projeto 'Sentimentos no Papel', do Unicef. Foto: Divulgação/Unicef
'Sentimentos no Papel'
Desenho de Bianca Fontoura, de cinco anos, que vive na cidade de Manaus, no Amazonas. Foto: Divulgação/Unicef
'Sentimentos no Papel'
Desenho de Letícia Nakano, de oito anos, que mora na Vila Guilherme, São Paulo. Foto: Divulgação/Unicef
'Sentimentos no Papel'
Andreza Matos, de 12 anos, que mora no Distrito Federal, participou de projeto do Unicef. Foto: Divulgação/Unicef
'Sentimentos no Papel'
Desenho de Bernardo Barbosa, de cinco anos, que mora em São Miguel Paulista, em São Paulo. Foto: Divulgação/Unicef
'Sentimentos no Papel'
Desenho de Lucas Fontoura, de nove anos de idade, morador da cidade de Manaus. Foto: Divulgação/Unicef
'Sentimentos no Papel'
Trabalho de Maria Eduarda Ferreira, de sete anos, que mora em Rio Grande da Serra. Foto: Divulgação/Unicef
'Sentimentos no Papel'
Flavia Flores, de cinco anos de idade, e que mora na capital paulista, expressou seus sentimentos através do desenho durante pandemia de covid-19. Foto: Divulgação/Unicef
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"Eu sinto saudade de abraçar e beijar minha vó, meu vô, minha mãe", conta Alessandra Albuquerque, 11 anos, de Fortaleza, no Ceará. "Eu desenhei a minha família brincando de massinha e corações porque eu tô gostando. A gente tá dentro de casa porque não pode sair", diz Sofia Baldinato, cinco anos, de Carapicuíba, na Grande São Paulo.
Para participar da campanha, pais, mães e responsáveis devem abrir esse espaço de diálogo com seus filhos e filhas, organizando um ambiente acolhedor, em que a criança possa desenhar e falar sobre como se sente. Em seguida, os adultos podem usar o stories do Instagram, postando a foto do desenho, uma fala da criança ou um vídeo dela explicando o desenho, acompanhado da hashtag #sentimentosnopapel e marcando o perfil do Unicef Brasil. As imagens serão selecionadas e parte delas será divulgada nas redes sociais do Unicef no Brasil, contribuindo para dar visibilidade aos sentimentos de cada criança, em tempos de coronavírus.