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Sozinha para formatura, garota leva carta de Harvard como acompanhante

Filha de imigrantes africanos, Priscilla Samey foi aceita em sete grandes universidades dos Estados Unidos

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Por Redação
Atualização:
Priscilla imigrou aos Estados Unidos com oito anos e precisou desenvolver o inglês no dia a dia, às vezes ouvindo piadas dos colegas Foto: Facebook @priscilla.samey

A jovem Priscilla Samey enfrentou, na semana passada, um breve dilema antes de sua formatura de Ensino Médio: não tinha parceiro para acompanhá-la. Para não quebrar a tradição comum nos Estados Unidos, ela decidiu sair por cima da situação e levou sua carta de aceite na Universidade de Harvard como acompanhante. 

Pelo Twitter, ela compartilhou uma imagem de sua formatura. "Não consegui achar um homem que me aceitasse como acompanhante para a formatura, então teve uma universidade que me aceitou", escreveu a jovem. O tuíte logo viralizou.

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Filha de pais imigrantes do Togo, na África, a jovem foi aceita em outras universidades prestigiadas dos Estados Unidos, mesmo sendo oriunda de uma família de baixa renda. Entre as instituições mais famosas, estão Yale, Princeton, Columbia e Brown. 

A história de Priscilla envolve xenofobia e dificuldades financeiras. Os pais da jovem saíram do Togo para melhorar de vida e foram a Québec, no Canadá. Aos oito anos, a família apostou nos Estados Unidos para se estabilizar. 

No entanto, o pai de Priscilla, médico com PhD, não conseguiu ser contratado na área da saúde e precisou trabalhar como segurança, profissão que exerce até hoje. "Simplesmente por causa do sotaque africano dele", escreveu a garota em sua redação enviada para Harvard, publicada no site The Tab

Apesar das dificuldades, Priscilla foi motivada pela família a se esforçar. No texto, ela escreve que sempre foi a melhor da turma nas aulas de inglês, era ótima em pronúncia e chegou a publicar um livro de poesia. 

Em entrevista ao The Tab, ela afirma que quis, na redação, falar sobre como as dificuldades de sua vida a tornaram quem ela é. "É menos uma questão de 'não posso pagar isso' e mais uma questão de você sentir que não tem chance de entrar em uma dessas universidades. Você sente que não tem as mesmas oportunidades que as pessoas com mais dinheiro têm", afirmou.

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A garota vive em Minnesota e tem uma personalidade marcante. Em seu perfil no Twitter, sua descrição é: "age como uma americana, fala como uma canadense, se veste como uma mulher inglesa, negra sem pedir desculpas".

Nos posts, exalta a cultura negra e mostra ser bem-humorada. Em sua foto de capa, uma frase de incentivo: "Você não foi criada para ser bonita, foi criada para ser forte". 

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