Um homem de 30 anos foi condenado à morte pela corte de Bahawalpur, no interior do Paquistão, após divulgar conteúdo blasfemo no Facebook.
Segundo a decisão judicial, Taimoor Raza fez publicações contra o profeta Maomé, principal líder da religião islâmica, e suas esposas.
Esta é a primeira vez que uma pena de morte é aplicada em um caso relacionado a mídias sociais no país asiático.
Diversas organizações humanitárias mostraram preocupação com a decisão. “Ninguém deve ser levado perante um tribunal antiterrorismo ou qualquer outra corte simplesmente por exercer de forma pacífica seus direitos à liberdade de expressão, pensamento, consciência, religião ou crença”, declarou a ativista paquistanesa Nadia Rahman à BBC.
Ao comentar o tema, o primeiro-ministro do Paquistão, Nawaz Sharif, descreveu a blasfêmia como uma 'ofensa imperdoável'.
Esta não é a primeira vez que o governo do país têm problemas com redes sociais. Em 2010, um tribunal do Paquistão bloqueou temporariamente o acesso local a YouTube e Facebook depois que os sites foran usados para promover um concurso de sátiras do profeta Maomé.
Em março deste ano, a empresa de Mark Zuckerberg anunciou que estava enviando uma equipe ao Paquistão para abordar as preocupações das autoridades sobre o conteúdo blasfemo em seu serviço, mas acrescentou que desejava proteger "a privacidade e os direitos" de seus usuários.
Raza ainda poderá recorrer da pena no no Tribunal Superior da cidade de Lahore e, se necessário, no Supremo Tribunal do Paquistão.