Mulher se casa com ela mesma em Minas Gerais e atrai seguidores da ‘sologamia’

Este é o primeiro ‘auto casamento’ do Brasil; objetivo é exaltar a autoestima e o amor próprio

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Por Redação
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Olhando para o espelho e sob o conceito de 'sologamia', Jussara diz palavras de autoestima e aceitaçãodurante cerimônia. Foto: Bitar & Paiva Fotografia

A empresária Jussara Couto, de 38 anos, casou-se consigo mesma no último domingo, 26, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Ela se tornou a primeira pessoa a fazer um casamento sologâmico - ou seja, de um membro só - no Brasil.

O evento ocorreu em uma praça da capital mineira para celebrar o amor próprio, com a presença de amigos e familiares. Ao som de Tocando em Frente, de Almir Sater, e vestida de noiva, com um buquê nas mãos, a mulher subiu em um altar improvisado e falou palavras de autoestima e aceitação.

A iniciativa chamou a atenção dos usuários do Instagram, que não economizaram elogios ao falar de Jussara. "A vida que segue sempre é bem acompanhada do amor próprio", escreveu uma internauta. "Você é exemplo para muitas pessoas que não se amam, que não sabem o quanto são maravilhosas", disse outra.

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Por outro lado, alguns internautas não gostaram da ideia. "Isso é para tirar dinheiro de gente narcisista, que deseja mandar recado para um ex-companheiro nas redes sociais e ostentar, ser o centro das atenções. Isso está longe de ser autoestima", criticou uma mulher. "É narcisismo, não é casamento. Não me chamem para isso pelo bem da humanidade", reclamou outra.

O que é a sologamia?

A 'noiva' e sua amiga Daniele Cerqueira, ambas profissionais da área de eventos, criaram a organização Eu Comigo, especializada em casamento sologâmico. "A cerimônia não é feita para substituir alguém, ou porque a pessoa não quer se relacionar com outra no futuro", explica a dupla na página do Instagram. "O auto casamento pode ser qualquer coisa, desde um simples ritual no quarto de alguém até uma celebração mais luxuosa", completa.

Esperançosas com a iniciativa, as empresárias acreditam que as pessoas que trabalham na indústria de casamentos terão que pensar em serviços para os 'sologamistas' nos próximos anos.

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