Em audiobooks, Fogaça, Herchcovitch e Lázaro contam histórias infantis com mais representatividade

Em entrevista ao 'Estadão', o chef e o estilista falam sobre a importância da diversidade na educação e a paternidade

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Por Bárbara Correa
Atualização:
História de Rapunzel foi adaptada por Lázaro Ramos para ter representatividade para crianças negras Foto: Divulgação

Henrique Fogaça e Alexandre Herchcovitch estão sempre compartilhando nas redes sociais momentos especiais com seus filhos. Fogaça é pai da Olívia, 13 anos, que tem necessidades especiais, João, 12 anos, e Maria Letícia, quatro anos. Já o Alexandre adotou Ben, seis anos, e Fernando, sete anos, com seu marido Fábio Souza. O chef e o estilista estão juntos com a Lázaro Ramos - que é papai de Maria Antônia, cinco anos, e João Vicente, nove anos - uma iniciativa para dar mais representatividade a histórias infantis clássicas. 

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O ator foi o responsável por adaptar os contos que se tornaram audiobooks e estarão disponíveis no Instagram da Oreo, que promoveu a campanha para comemorar o Dia dos Pais. Lázaro vai narrar a aventura de Rapunzel, que vai ser divulgada na sexta-feira, 7. Fogaça vai dar voz para a narrativa de João e o pé de feijão, que vai ao ar em 14 de agosto; e Herchcovitch conta a história do patinho feio, que estará disponível em 22 de agosto.

Na quinta, 6, esses papais conhecidos pelo público também participarão de uma live na mesma rede social às 19h30.

Para o designer Alexandre Herchcovitch, os pais devem sempre mostrar a verdade para os filhos. "É muito importante incentivar a desconstrução de estereótipos. Vivemos em um mundo diverso, onde, desde sempre, as crianças devem se acostumar. O mundo é diverso e, quanto mais cedo as crianças entenderem isso, melhor", afirma.

“O objetivo é incentivar uma conexão dos pais com os filhos de um jeito divertido e propor novas reflexões. A intenção é que, após a leitura, se abra uma porta para que essas questões sejam discutidas. A ideia é trazer representatividade”, explica a diretora da marca Fabíola Menezes.

 

Henrique Fogaça e a paternidade

Fogaça compartilhou os desafios da paternidade e revelou que está criando a instituição Olívia Fogaça para ajudar as famílias que não possuem a condição para ter tratamentos com medicina alternativa

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O jurado do MasterChef explicou que Olívia é tem uma síndrome rara, ainda não descoberta, que a impede de andar e falar. Porém, graças ao seu tratamento, ela tem apresentado grandes avanços.

“Ela ainda não anda, a gente tem que estimular, colocar aparelho na perna dela. Mas ela está muito melhor. Fez uma cirurgia e agora está com a coluninha reta e está usando canabidiol. A dieta cetogênica tem deixado ela muito esperta. Ela não fala, mas dá pra perceber que ela entende o que falamos”, afirmou Fogaça. Como é sua relação com a Olívia?

É um amor silencioso. Eu me comunico com ela através do tato, do olhar e até do apertão. Eu sou um pouco bruto e ela gosta quando pego e balanço ela. Fica toda feliz, respira alto e olha pros lados. É uma comunicação em silêncio, mas de muito afeto e muito amor!

Qual é a importância de representar os pais de filhos com necessidades especiais?

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A importância é a Olívia ter me escolhido, de ter muitas dificuldades, mas estar se superando. Eu gosto de mostrar isso para as pessoas, porque tem muitas famílias que vivem em um quarto trancado, com um monte de remédio entorpecendo. 

Então eu acho muito importante essas medicinas alternativas. Inclusive, estou criando uma instituição Olívia Fogaça pra poder levantar essas bandeiras de uma forma que consiga abrir os olhos dos governantes, para poder ajudar as necessidades de famílias de crianças que não tem condições de ter uma dieta cetogênica ou comprar um canabidiol. 

Eu sou apenas o instrumento para que pessoas com necessidades especiais tenham um mundo melhor, assim como a Olívia.

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Alexandre Herchcovitch e a paternidade

Já o estilista Alexandre Herchcovitch contou sua história com o processo de adoção, falou sobre a diversidade entre os pais e a importância da desconstrução de estereótipos na educação de seus filhos. Como foi adotar o Ben e o Fernando?

Quando casei com Fábio, já conversávamos sobre adoção. Os dois foram adotados em 2014, o Ben era recém nascido e o Fernando tinha um ano e três meses. O processo durou em média um ano e meio. Fomos bem atendidos, tudo bem esclarecido, tivemos palestra com a juíza, juntamente com outros casais, para entender sobre o processo e também acompanhamento de assistente social. 

Sempre quis ser pai e aprendo diariamente com eles.

Qual é a importância de falar sobre diversidade na educação dos seus filhos?

É muito importante incentivar a desconstrução de estereótipos. Vivemos em um mundo diverso, onde, desde sempre, as crianças devem se acostumar. Tudo deve ser mostrado como é na verdade. O mundo é diverso e, quanto mais cedo as crianças entenderem isso, melhor. Nossa família convive com a diversidade e isso é uma realidade na vida de nossos filhos. 

* Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

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