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Empreendedoras inventam cofundador masculino para fugir do sexismo

Penelope e Kate, de Los Angeles, passaram a assinar os emails com nome masculino e observaram que eram tratadas de maneira mais educada

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Por Redação
Atualização:
Para fugir do sexismo, as mulheres mandavam emails com um nome masculino e eram melhor respondidas. Foto: StockSnap/Pixabay

Há um ano, Penelope Gazin e Kate Dwyer lançaram a Witchsy, uma loja online de obras de arte. A ideia era vender mais facilmente ilustrações e obras manuais de artistas. Mas, além de iniciar o projeto com um baixo orçamento, tirado do próprio bolso, elas tiveram de enfrentar o sexismo.

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Nesse primeiro ano de atividade, a loja conseguiu um pequeno lucro e vendeu US$ 200 mil, mas elas também perceberam um padrão quanto a forma de resposta aos emails.

Em muitos casos, os desenvolvedores e designers com quem elas tinham de trabalhar, quase sempre homens, demoravam para responder às mensagens, eram breves e um pouco rudes. 

Assim, elas decidiram criar uma estratégia para tornar a comunicação mais fácil: introduzir uma figura masculina na equipe. Keith, o novo integrante, porém, não existe de fato.

Durante seis meses, Keith lidou com parceiros de trabalho que antes pareciam pouco interessados em fazer negócio com mulheres. "Era muito claro que ninguém nos levava a sério e todo mundo pensava que éramos idiotas", disse Kate ao Quartz.

Quando Keith passou a fazer os contatos, "eles diziam 'ok, bro, vamos pensar nisso!''', contou Penelope. Elas notaram que o sexismo era sutil, mas significativo.

"Keith não só recebia respostas rápidas como também era perguntado se precisava de mais alguma coisa ou se queria ajuda em algo mais", contou Kate.

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No começo do ano, um homem fez um 'experimento' similiar e trocou sua assinatura de email com a da colega de trabalho. Enquanto as pessoas sabiam que estavam falando com um homem, elas eram educadas, mas quando viam que estavam lidando com uma mulher - mesmo a mensagem sendo escrita por um homem -, eram grosseiros.

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