Dia Nacional da Adoção: Tribunal de Justiça de São Paulo realiza campanha

‘Adote um Boa Noite’ promove lar para crianças com mais de sete anos de idade

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Por Redação
Atualização:
Cerca de 5 mil crianças e adolescentes esperam para ser adotados no Brasil Foto: Pixabay/FeeLoona

Há muitos anos, a fila de adoção no Brasil enfrenta um problema: crianças mais velhas, que já não são mais bebês de colo, raramente conseguem um lar. Atualmente, mais de cinco mil esperam uma nova família, apesar de haver mais de 32 mil pretendentes à adoção.  Pensando em dar mais celeridade aos processos, o Tribunal de Justiça de São Paulo criou a campanha permanente Adote Um Boa Noite, para que crianças com mais de sete anos consigam um lar. Lançado em 2017, o programa concretizou 25 adoções. Outros seis adolescentes que não participavam do Adote um Boa-Noite foram acolhidos por famílias e, atualmente, há 30 processos em andamento pelo programa.  Com a pandemia de covid-19, houve uma diminuição de 43% das adoções no Estado de São Paulo, mas varas de Infância e da Juventude continuam trabalhando remotamente e os processos continuam em andamento.

Para se ter uma ideia, em 2019, 2.250 crianças foram adotadas. Em 2020, o número caiu para 1.278 e, neste ano, até março, 318 pequeninos conquistaram uma nova família, segundo dados do TJ-SP. Audiências ocorrem por videoconferência e, na tentativa de evitar o acolhimento, crianças e adolescentes que já estavam em processo avançado de adoção puderam passar a quarentena na casa dos possíveis pais, mediante autorização do juiz.  Inclusive, a Corregedoria Geral da Justiça do TJ-SP permitiu o envio de documentos por e-mail durante o período de isolamento social, viabilizando os pedidos de habilitação por mensagem eletrônica. Outra atividade que passou a ser online são os cursos para pretendentes, obrigatórios no processo de adoção.

O programa Adote Um Boa Noite

O objetivo é estimular a adoção de crianças e jovens com mais de oito anos e/ou que tenham algum tipo de deficiência. Aproximadamente 90% daqueles que se candidatam a adotar pretendem crianças pequenas, de acordo com dados do TJ-SP.  Desde outubro de 2017, o site divulga fotos e relatos de crianças e adolescentes acolhidos pelo Poder Judiciário e, neste ano, foram inseridos alguns vídeos.  Só podem participar do programa crianças e jovens para os quais já foi realizada a busca por pretendes nos cadastros, mas sem sucesso. Também é uma condição que a criança queira participar do programa, e, ainda assim, ela passa por avaliação da equipe técnica, composta por psicólogos e assistentes sociais.

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