Caso José Mayer: em novo texto, Su Tonani pede para 'encerrar o assunto'

Figurinista diz que não prestou queixa à polícia por já estar satisfeita com desfecho da situação

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Por Redação
Atualização:
Relato de Susllem Meneguezzi Tonani ganhou as redes sociais no dia 31 de março, ao acusar o ator José Mayer de assédio; ele foi afastado por tempo indeterminado da Globo Foto: Globo/João Miguel Júnior

Su Tonani, a ex-figurinista da Globo que sofreu assédio de José Mayer, publicou um novo texto no blog #AgoraÉQueSãoElas, da Folha de S. Paulo, nesta sexta-feira, 5. No artigo, ela diz que não prestou queixa contra o ator por já estar satisfeita, relata como está sendo criticada pela decisão e pede que a deixem seguir a vida em paz. 

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A figurinista começa o texto desmentindo especulações de que já foi amante do ator global e explica que não foi demitida da Globo - apenas terminou o trabalho ao chegar ao fim do contrato, algo já esperado. 

Ao longo do post, Su argumenta que não prestou queixa à polícia porque se sentiu satisfeita com o pedido de desculpas da Rede Globo e com a carta de confissão de José Mayer, "ambos lidos no Jornal Nacional". "Senti que tive a justiça que desejava. Pouco creio que a punição criminal para o meu caso tenha alcance maior que já tivemos", escreve.

A figurinista argumenta que alcançou o objetivo desejado de "sair da invisibilidade, romper o silenciamento imposto, transcender este lugar de vítima que me era insuportável".

Em referência ao silêncio que manteve após o seu relato, Su fala sobre optar por ficar reservada agora. "Por que incomodou tanto o meu silêncio pós-relato? Talvez porque eu não tenha cumprido o papel da oportunista exibicionista que o patriarcado esperava. Talvez porque não tenha sido a liderança, o exemplo que queriam que eu fosse. Desculpe desapontar estas e estes", afirma.

Ao fim do texto, ela pede que respeitem sua decisão de sair dos holofotes. "Reservo a mim o direito de encerrar esse assunto. Chego ao final da minha jornada. Estou no limite da minha capacidade emocional de seguir na linha de frente dessa luta. Peço que respeitem os meus limites, violados anteriormente, quando tudo isso começou. Outras podem assumir a frente dessa luta. E eu me comprometo a sempre apoiá-las, assim como fui apoiada por tantas", diz.

Leia o relato aqui.

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