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Campanha 'Pode Ser Abuso', da Fundação Abrinq, alerta para violência contra criança na pandemia

No ano passado, mais de 14 mil denúncias foram registradas no Disque 100 e no Ligue 180

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Por Redação
Atualização:
Fundação Abrinq retoma campanha 'Pode ser Abuso', contra violência sexual infantil Foto: Pixabay/ambermb

Em 2020, ano marcado pela pandemia de covid-19 desde março, mais de 14 mil denúncias de violência contra crianças foram registradas no Disque 100 e no Ligue 180. A maior parte das denúncias se refere a adolescentes com faixa etária entre 12 e 17 anos, sendo que em 84% dos casos a vítima é do sexo feminino. O principal agressor, com 38,2% das denúncias feitas, é o pai ou a mãe, seguido por padrasto ou madrasta.

Por isso, a Fundação Abrinq retoma a campanha Pode Ser Abuso, criada em 2018, para mobilizar e alertar a sociedade em torno da violência sexual contra crianças e adolescentes.  Desde o início da pandemia esse problema se agravou com o fechamento de creches e escolas, deixando milhares de meninos e meninas ainda mais vulneráveis e expostos à diversos tipos de violência. Antes do isolamento social, professores e educadores exerciam papel fundamental em ajudar identificar mudanças de comportamento ou a sentimentos negativos nas crianças. Além disso, a maior parte dos casos de pedofilia acontece dentro de casa com o agressor sendo uma pessoa de confiança da família. Em 2021, a campanha Pode Ser Abuso, quer conscientizar a população para os sinais que podem indicar possíveis casos de abuso, bem como reforçar o papel da sociedade na proteção desse público. “A Fundação Abrinq traz a campanha Pode Ser Abuso pelo quarto ano consecutivo, com o objetivo de sensibilizar a sociedade a respeito dos sinais que as crianças demonstram quando expostas a situações de violência. Queremos unir forças e fazer com que esta situação saia do silêncio e os casos sejam denunciados”, afirma Victor Graça, gerente executivo da entidade.

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