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Bullying, um mal de difícil combate

Apesar de informações e campanhas de conscientização, perseguições continuam a assombrar jovens

Por Gabriel Navajas
Atualização:
Trauma. Bruno nunca mais deixou o cabelo crescer por causa das perseguições que sofreu Foto: Hélvio Romero/Estadão

Dos oito aos 11 anos, o jovem Bruno Matos, hoje com 21, sofria bastante na escola. Tudo por causa dos cabelos longos que mantinha na época. A reação dos colegas foi dura. O bullying que recebia não deixou cicatrizes, mas o marcou profundamente. “Eu sofria muito preconceito por isso. Era excluído (pelos colegas). Até os 11 anos eu era vítima de bullying por causa do meu cabelo, tanto é que cortei e nunca mais deixei crescer”, conta o jovem aprendiz da Santa Casa de São Paulo. “Minha mãe chegou até a ir à escola resolver isso. Eu tinha só um amigo na época. Não desejo para ninguém, tem que ser forte.” O caso de Bruno ilustra como eram as perseguições antes das redes sociais alcaçarem o tamanho que têm hoje. O avanço da tecnologia permitiu o surgimento do cyberbullying, cujo a principal diferença é a possibilidade de anonimato. “Acho que não tem como eliminar isso. Sempre existirão pessoas ruins e essa intolerância. Agora, há uma voz para elas (a internet)”, afirma o youtuber Luba, que tem 5 milhões de inscritos em seu canal sobre comportamento. Durante o Bate-Papo Lado A Lado B, o youtuber contou como, mesmo sendo querido por seus milhares de seguidores, desperta a ira de pessoas que utilizam o anonimato para agredir verbalmente na internet.“Assusta. Mas tento relativizar. É difícil não ficar chateado ou com medo. Algumaspessoas perdem a noção e ferem mesmo.” 

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