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Bolsas térmicas preservam alimentos por até 2h; veja dicas de conservação para o verão

Potencialidade das caixas e sacolas térmicas pode chegar a quatro horas se armazenamento for aliado ao uso de gelo

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Por Priscila Mengue
Atualização:
Alimentos se deterioram mais rapidamente em temperaturas altas Foto: Jonnie Roriz/AE

O verão começa em 16 dias cheio de oportunidades convidativas para aproveitar tantos dias longos, quentes e ensolarados. Os prazeres da estação, chegam, contudo, com a necessidade de tomar alguns cuidados para prevenir problemas de saúde, especialmente na alimentação.

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Segundo o presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), Durval Ribas Filho, o verão é o momento ideal para a proliferação de bactérias, fungos e protozoários. Esses microorganismos, que estão espalhados por todos os lados, inclusive no ar, se depositam nos alimentos, aumentando seus ritmos de deterioração.

Como observa o nutrólogo, o consumo de produtos mal armazenados pode gerar infecções no sistema gastrointestinal e desidratação graves, pondo em risco especialmente crianças e idosos, levando, até mesmo, à internação hospitalar.

Isopores somente conservam o alimento por até duas horas Foto: Carolina Stanisci/AE

Cuidados em casa. O primeiro passo na conservação é higienizar os produtos com água e vinagre antes de guardá-los. Como observa a endocrinologista Myrna Campagnoli, os alimentos precisam estar secos, pois a umidade também intensifica a proliferação de microorganismos. "Cuidados são importantes em qualquer época, mas, no inverno, por exemplo, um alimento ainda pode ficar em temperatura ambiente por 30, 40, minutos sem causar risco”, explica a médica da Alta Excelência Diagnóstica, de São Paulo.

Myrna ressalta que deve ser refrigerado todo alimento que não for consumido no dia da compra, inclusive legumes, frutas e verduras. “Na árvore, a fruta está recebendo nutrientes e, por isso, tem uma durabilidade maior. Depois de colhida, ela já começa a envelhecer e se deteriorar, durando três ou quatro dias fora de refrigeração”, argumenta.

O maior cuidado deve ser direcionado à comida que já foi previamente manipulada, como pratos prontos. "Nesse aspecto, a geladeira é um inibitório, especialmente se estiver de 2 a 8ºC. Produtos que foram mais expostos devem ficar nas prateleiras próximas do freezer”, indica.

Nesse aspecto, o tipo de armazenamento ideal é o feito em potes de vidro, pois possibilitam uma higienização mais fácil. Além disso, diferentemente dos plásticos, eles não sofrem arranhões e não liberam toxinas prejudiciais à saúde. 

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Ovos e laticínios estão mais propensos a contaminação no verão Foto: Vivi Zanatta/AE

Cuidados na rua. Ao transportar alimentos, os maiores aliados são os isopores e as bolsas e caixas térmicas, mas o resultado, é contudo, limitado. A médica Myrna Campagnoli ressalta que as alternativas dispostas no mercado preservam a comida sem refrigeração por até duas horas, desempenho que pode ser dobrado se for aliado ao uso de gelo e pacotes térmicos. 

Mesmo com todos esses cuidados, é importante lembrar que a preservação dos alimentos não depende apenas do consumidor, mas também da cadeia de produção, transporte e armazenamento pela qual ele passou. Por isso, a endocrinologista indica observar se o produto está com sinais de transpiração ou aspecto amolecido no momento da compra. Outro sinal é a presença de gotículas de água, pois, mesmos se congeladas, elas apontam que houve degelo em algum momento. 

Na hora de fazer refeições fora de casa, uma dica é evitar pratos com ovos e derivados de leite, como a maionese e o picolé caseiros. "Eles se deterioram mais rapidamente. Mesmo uma quantidade pequena pode ser prejudicial”. Além disso, para os bebês, a médica ressalta que, ao utilizar leite industrializado, a opção mais segura é a em pó, pois pode ser manipulada apenas no momento do consumo.

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