Autoridades reais vestidas com trajes escarlate foram ao rio Tâmisa em barcos tradicionais nesta segunda-feira, 15,para a cerimônia anual do “Swan Upping”, a contagem dos cisnes da rainha Elizabeth, que perdura há 800 anos. Equipes em esquifes antiquados remaram através de um trecho do rio ao longo dos próximos cinco dias para realizar o censo anual das aves, gritando “todos contados” quando se depararem com um cisne-branco e sua família. Em seguida, os cisnes e seus filhotes serão contados, pesados e examinados em busca de ferimentos. “Estou satisfeito de ver que a temporada de acasalamento começou muito bem neste ano, com um nível alto de atividade de nidificação no rio”, disse David Barber, o marcador de cisnes da rainha. A cerimônia antiga remonta ao século 12, quando a coroa inglesa reivindicou a posse de todos os cisnes-brancos, que eram considerados uma iguaria e servidos em banquetes.
Hoje em dia os britânicos não comem mais cisnes, que são protegidos por lei, e o “Swan Upping” diz mais respeito à conservação da vida selvagem e à educação infantil. Barber disse ter surgido um número grande de cisnes mortos ou cujos ninhos foram destruídos por cães, o que levou ao apelo para que os passeadores de cães mantenham os animais sob controle. A rainha compartilha a propriedade dos cisnes-brancos do Tâmisa com as antigas associações comerciais de produtores de vinhos e tintureiros, que também participam da contagem. Mas a monarca retém o direito de posse de todos os cisnes-brancos sem identificação que nadam em águas abertas, embora isso seja observado principalmente em certos trechos do Tâmisa. Os chamados “Swan Uppers” iniciaram o censo em Sunbury, no oeste de Londres, e o concluirão na ponte de Abingdon, em Oxfordshire, situada a oeste da capital britânica, na sexta-feira, 19.