Aposentado visita hospital há 12 anos para confortar bebês na UTI

David Deutchman tem 82 anos e diz que segurar bebês é recompensador: 'Há muitos benefícios nessa conexão calorosa'

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Por Redação
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David Deutchman, de 82 anos, visita um hospital nos EUA duas vezes por semana para segurar e reconfortar bebês na UTI. Foto: Facebook/ChildrensHealthcareofAtlanta

Há 12 anos, David Deutchman, de 82 anos, visita o hospital infantil Children’s Healthcare of Atlanta, nos Estados Unidos, para segurar e reconfortar bebês na unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal. Por conta disso, ele ficou conhecido como 'vovô da UTI'.

"Alguns amigos me perguntam o que eu faço aqui, e eu digo: 'eu seguro bebês'. Eles perguntam 'por que você faz isso?'. Eles simplesmente não entendem o tipo de recompensa que você pode ter ao segurar bebês assim", diz Deutchman em um vídeo publicado na página do hospital no Facebook.

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Mesmo que, algumas vezes, os bebês vomitem ou façam xixi nele, Deutchman garante que a experiência é gratificante. "Não só porque os bebês estão chorando e você os ajuda a parar de chorar. Há muitos benefícios nessa conexão calorosa de ser abraçado - quando o bebê põe o rosto no seu coração, tem um benefício ali", contou à People.

Deutchman aposentou-se na área de marketing internacional há 15 anos e passou algum desse tempo livre dando aulas em universidades. Mas não era suficiente.

Então, ele foi até o hospital de Atlanta perguntar se tinha oportunidade de voluntariado. Ele ajudou por um ano na unidade pediátrica de terapia intensiva e depois foi 'admitido' para a ala neonatal. 

Pai de duas mulheres e avó de duas crianças, o aposentado também se oferece para reconfortar as mães dos bebês. O trabalho dele acaba sendo importante para elas também, quando não podem ir até o hospital ou precisam de uma pausa ou descanso.

"Eu converso com as mães e, às vezes, seguro a mão delas, porque segurar a mão de uma mãe é tão importante quanto segurar o bebê", diz Deutchman. "Há muito estresse nesses pais. Ter alguém para dizer que eles podem ir tomar um café e garantir que eu estarei com o bebê deles significa algo. É importante", conta.

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Deutchman visita o hospital todas às terças e quintas, e cada dia é uma experiência diferente da outra. "Quando eu dirijo até o estacionamento, eu nunca sei o que verei, quem eu vou conhecer ou qual desafio estará diante de mim. Isso continua mudando, mas se tem algo que eu posso fazer para ter certeza de que as pessoas estão sendo cuidadas, é o que eu vou fazer", garante.

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