Alunos de arquitetura se negam a projetar imóvel com área para empregados

‘Reforça o racismo’, afirmam os estudantes da UFMG em nota de repúdio

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Por Redação
Atualização:
Disciplina de arquitetura da UFMG foi criticado pelos alunos Foto: Foca Lisboa/UFMG

Estudantes do curso de arquitetura e urbanismo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) se recusaram a projetar um imóvel de alto padrão com área de serviço exclusiva para empregados.

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O trabalho acadêmico foi solicitado pelo professor Otávio Curtiss, responsável pela disciplina Casa Grande. A ideia era fazer um estudo preliminar baseado em uma residência de 800 m² em um terreno da cidade de Nova Lima (região metropolitana de Belo Horizonte).

O projeto deveria incluir cinco suítes, área de serviço com cozinha, lavanderia, despensa, depósito, cômodos técnicos, quartos e banheiros para oito empregados.

O Diretório Acadêmico da Escola de Arquitetura e Design da UFMG publicou uma nota de repúdio em sua página no Facebook. Para os alunos, o trabalho reforça valores racistas e escravocratas.

“Como discutido em diversas disciplinas na EAD-UFMG, o quarto de empregada, por exemplo, tem como origem a segregação escravista”, reforça um dos trechos do texto. “Dessa forma, ressaltamos nossa inflexibilidade em aceitar uma disciplina que perpetue o racismo”, acrescenta a nota.

A UFMG ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.

Confira a nota publicada:

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